9 situações para usar a inteligência emocional a seu favor
Confira como as pessoas de sucesso usam a gestão das emoções como aliada na carreira profissional, segundo especialistas
Camila Pati
Publicado em 28 de abril de 2014 às 13h43.
São Paulo – Atenção aos nervosinhos e ansiosos de plantão: a maneira como você lida com as emoções pode estar interferindo (muito negativamente) na sua vida profissional.
“A emoção é a base da decisão e da nossa reação ao futuro”, diz o psicólogo português Fernando Rodrigues que, em maio, participará do Neurobusiness Expo Forum, em São Paulo.
Ou seja, se a suas emoções não têm poder para determinar os solavancos do mercado de trabalho , elas tem capacidade de comandar as suas reações diante de adversidades, conflitos , negociações e decisões importantes na carreira .
Saber controlá-las, portanto, já é um grande passo para atingir o êxito profissional, segundo os especialistas. Mas como isso é possível? Confira como as pessoas de sucesso usam a inteligência emocional a seu favor no dia a dia de trabalho:
1Para ter consciência de habilidades e pontos fortes e fracos
O autoconhecimento é um dos pilares da inteligência emocional. Carlos Aldan, especialista no assunto e CEO do Grupo Kronberg, diz que pessoas de sucesso (e emocionalmente inteligentes) têm consciência de suas habilidades, pontos fortes e fracos. “E se concentram nos fortes”, diz.
Além disso, percebem como os seus padrões emocionais afetam sua forma de pensar e de se comportar e também as pessoas a sua volta.
2Para ser mais eficiente
Aldan aponta ainda a relação entre inteligência emocional e resultados financeiros. Segundo o especialista, por se conhecer e se focar em seus pontos fortes, tais pessoas tendem a ser mais eficazes, geram mais resultados e conseguem atingir as metas propostas.
3Para se conectar com pessoas
Criar (e gerir) relacionamentos profissionais duradouros exige ajustes constantes. Pessoas de sucesso geralmente sabem disso, segundo Aldan. “Elas desenvolvem empatia”, explica.
4Para ter poder de influência
Influenciar e engajar pessoas são duas ações próprias de profissionais emocionalmente inteligentes. Segundo Aldan, eles atuam de forma colaborativa e, assim, conseguem motivar colegas, chefes e subordinados.
5Para entender que nenhuma situação ruim é eterna
Perceber que uma crise é temporária é essencial para atravessar uma fase desagradável sem surtar. Quem é emocionalmente inteligente tem esta postura mais otimista face às adversidades, segundo Aldan.
6Para não deixar que crises extrapolem a outros domínios da vida
Quantas vezes um péssimo dia no trabalho afetou negativamente a sua noite em casa? Deixar que a crise na empresa reverbere na sua vida pessoal só vai aumentar o campo de frustração.
“Pessoas emocionalmente inteligentes não deixam que crises extrapolem para outros domínios da sua vida”, diz Aldan.
7Para dar um novo significado ao imutável
Agir para mudar o que é passível de ser alterado e ressignificar o imutável são dois comportamentos que revelam “sofisticação” emocional.
“Não posso mudar e melhorar o trânsito de São Paulo, mas posso mudar minha atitude em relação ao tempo em que passo nele”, explica Aldan.
Em vez de passar uma hora irritado com o congestionamento, ele prefere usar o tempo para fazer ligações e ler livros, por exemplo. “É a mesma hora, mas minha perspectiva sobre ela mudou”, diz.
8Para criar mecanismos que alterem estados mentais
“O grande desafio é entender que não existe razão sem emoção”, diz Fernando Rodrigues. Este é o “pulo do gato” para usar a gestão emocional a seu favor.
Na maior parte das vezes, diz ele, surgem justificativas cognitivas posteriores para as decisões tomadas sob influência de emoções. “Você racionaliza depois e justifica a ação”, concorda Aldan.
O especialista afirma que é preciso antecipar esta lógica. Uma medida para isso é, por exemplo, "procrastinar" a ação. Se o impulso é uma resposta atravessada, você se acalma antes de falar. Se está no trajeto para um dia difícil no trabalho, ouvir a música preferida pode dar uma dose extra de energia e motivação. E por aí vai.
“Podemos criar mecanismos pessoais de apoio a decisões, como passar de estados de medo para estados de calma, passar de ansiedade para autocontrole, passar de estados de raiva para estados de empatia”, diz.
9Para observar emoções alheias e ajustar suas atitudes
Entender as emoções dos outros e ajustar a sua reação a elas é também domínio da gestão emocional, diz Fernando Rodrigues.
“Saber observar as expressões emocionais de outras pessoas pode aumentar nossa capacidade de negociação e melhorar a tomada de decisão”, afirma Rodrigues.
Se tirar proveito de negociações é parte essencial do sucesso na carreira, conhecer o funcionamento do processo emocional torna o êxito mais fácil de ser atingido. “Pois comunicamos para os outros calibrados na emoção deles”, explica.
“Ela é comprometida com o que está fazendo e se permite ir além”, diz Thirza Sifuentes, coach da Homero Reis Consultores.
O Sorriso de Mona Lisa (Mona Lisa Smile)
Diretor: Mike Newell
Duração: 117 minutos
Ano: 2003
“Ele é sincero, se comunica muito bem e é persistente”, afirma Sigmar Malvezzi, professor da Fundação Dom Cabral.
Conduzindo Miss Daisy (Driving Miss Daisy)
Diretor: Bruce Beresford
Duração: 99 minutos
Ano: 1989
“Ele incentiva que as outras pessoas encontrem seu potencial e se permitam ser quem realmente são”, diz Thirza.
A sociedade dos poetas mortos (Dead Poets Society)
Diretor: Peter Weir
Duração: 128 minutos
Ano: 1989
Ao dar um propósito para a própria vida, Pi se enche de coragem e humildade. “É o oposto do profissional que pensa que é o bom, o melhor”, diz o professor.
As aventuras de Pi
Direção: Ang Lee
Ano: 2012
Mesmo assim, ele se manteve determinado a perseguir a própria visão. “Ele não deixou de acreditar, foi à luta e permaneceu”, afirma Thirza.
Jerry Maguire
Diretor: Cameron Crowe
Duração: 139 minutos
Ano: 1996
Apesar de ter recebido um não, ele não desiste da meta. Neste processo, ele tem a ajuda de um mentor, Sócrates. “Mais que um treinador, ele é um coach da alma”, diz Thirza.
Poder além da vida (Peaceful Warrior)
Diretores: Victor Salva e Shalimar Reodica
Duração: 120 minutos
Ano: 2006
“Ele se recupera da queda por conta da resiliência, da elevada inteligência emocional para se reconstituir”, afirma o especialista.
A luta pela esperança
Diretor: Ron Howard
Duração: 144 minutos
Ano: 2005
Elefante Branco
Diretor: Pablo Tapero
Ano: 2012
Chamas da vingança
Diretor: Tony Scott
Ano: 2004