7 passos para se dar bem em uma entrevista de emprego
A entrevista de emprego se tornou uma etapa fundamental para conquistar a vaga
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 17h34.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h22.
São Paulo - Quem está em busca de um novo emprego sabe (bem) da dificuldade em encontrar uma vaga no mercado atual. Além de poucas opções, cada vaga disponível tem muitos concorrentes e conseguir uma entrevista ou passar para outras etapas do processo seletivo já é um grande desafio nestes tempos de crise. Um estudo da Tendência Consultoria Integrada mostra que, de fato, a rápida deterioração da atividade econômica no ano passado fez com que o trabalhador demorasse mais tempo para conseguir um novo emprego. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a pesquisa mostra que o porcentual de desocupados há mais de sete meses subiu de 24,2%, em janeiro de 2015, para 33,8% em novembro. No período, a faixa que mais cresceu foi a que inclui desempregados entre sete e 11 meses, cujo percentual dobrou de 7,3% para 14,2%. Por isso, a entrevista de emprego se torna uma etapa fundamental para conquistar a vaga. Para a coach de carreira e especialista em gestão de pessoas, Ana Lisboa, muitas pessoas acabam se esquecendo de detalhes que, a princípio, parecem não importar, "mas fazem toda a diferença para que o recrutador te escolha". Ela elencou 7 passos importantes para uma entrevista de emprego bem-sucedida, segundo o seu e-book Construa Seu Futuro Profissional. Veja a seguir.
A pontualidade é um requisito que muitos recrutadores prestam atenção. "O horário em que você chega para a entrevista já é o primeiro fator a ser analisado, por isso o ideal é chegar com alguma antecedência”, conta Lisboa. O ideal é chegar um pouco antes da entrevista -- mas não exagere. "Não é indicado chegar muito tempo antes, já que isso demonstraria ansiedade", alerta a coach. “Se você chega após o horário da entrevista, dá a entender que vai se atrasar sempre para o trabalho."
Cada profissão tem um código de vestimenta e suas roupas na hora da entrevistas devem combinar com este código. “Bermudas, shorts e saias curtas são proibidos na entrevista”, reforça. “O ideal é não exagerar, se vestir de forma sóbria e estudar as regras de vestimenta da empresa”, ensina.
O tom de voz, as palavras, as gírias... Tudo será detalhadamente analisado pelos recrutadores. “É possível que uma variação no tom de voz ou alguma palavra mais ofensiva afaste o entrevistador, por isso é importante estar atento a isso”, explica a coach. “Gírias e expressões jovens precisam ser evitadas, pois o recrutador precisa entender que você sabe ser sério e profissional, mesmo que a empresa tenha um ambiente descontraído no dia a dia. Seja você mesmo, mas com adequações."
Cair em contradição ou devagar na resposta para uma pergunta direta pode diminuir a sua performance em uma entrevista de emprego. Pense nas respostas e seja objetivo. “As respostas jamais devem ser vagas ou incoerentes”, explica Lisboa. “Um candidato bem preparado sabe explicar de forma sucinta aquilo que fazia nos empregos anteriores, bem como os sonhos ou metas profissionais."
Antes de ir à entrevista, é essencial saber o máximo possível sobre a empresa: quem a dirige? Qual a história? Quais os valores e condutas que esta empresa preza? “Busque por notícias sobre a empresa na internet e pesquise sobre ela, tanto no site oficial quanto em outros. Além de ir à entrevista com informações, você terá material para fazer perguntas interessantes, de forma a gerar empatia com o entrevistador”, reitera a especialista.
Não só demonstre interesse pela empresa. A especialista conta que é preciso ter real vontade de trabalhar lá. “Após passar pela entrevista, você pode tirar algumas dúvidas sobre a vaga, a forma como o trabalho é conduzido, ou qualquer outro detalhe que possa ser interessante para você."
Segundo Lisboa, o grande trunfo para se dar bem em uma entrevista de emprego é se posicionar como alguém que está em uma negociação. Enquanto a maioria das pessoas vai a uma entrevista em posição de "inferioridade" e aceita qualquer proposta do empregador, aqueles que negociam a vaga como uma troca justa, na qual a empresa oferece um emprego remunerado e o candidato oferece seu trabalho, tendem a se dar bem e conquistar a vaga. “Quando se tem essa postura, o candidato tem compreensão sobre sua capacidade e sobre quanto vale seu trabalho, e por isso vai ter compreensão sobre o resultado do processo de seleção”, conclui.
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