7 dicas de linguagem corporal para apresentações
Se o corpo fala em um bate papo, nas apresentações, ele grita; aprenda algumas regras para passar a mensagem correta quando você é o centro das atenções
Talita Abrantes
Publicado em 9 de março de 2014 às 10h19.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h16.
Pensando nisso, os sócios da SOAP, consultoria especializada no assunto, compartilharam com EXAME.com algumas das regras básicas para usar a linguagem corporal do jeito certo durante as apresentações. Confira:
Em uma apresentação, a plateia é a protagonista – não você, seus slides ou lousa. Por isso, seu foco deve estar em quem está do lado de lá do palco ou da mesa.
Na prática, isso significa que seus olhos devem estar fitos neles – e não na sua apresentação de slides ou outro recurso.
“Você não pode interromper por muito tempo a conexão com a audiência”, afirma Rogério Chequer, sócio da SOAP. “Sem conexão, não há empatia. Sem empatia, não há credibilidade”.
Apesar da multidão de notas na partitura, é o maestro quem determina em que ponto de toda harmonia cada músico deve se focar. Faça o mesmo.
Assuma a postura de maestro da atenção da plateia. Segundo os especialistas, este processo começa antes de sua chegada ao palco – para ser mais preciso, no momento em que você confecciona os slides que irão auxiliá-lo durante a apresentação.
“O conteúdo mais importante não é o que está no slide, mas sim o que você está falando. Então, mostre apenas imagens sobre o que você diz”, afirma Eduardo Adas, sócio da SOAP. “Se você mostrar tudo de uma vez, a audiência não vai saber para onde olhar”.
Braços cruzados, mão na cintura ou nos bolsos, pernas muito abertas e por aí vai. Posturas assim passam “mensagens subliminares para a audiência na direção de desleixo, falta de disciplina, organização ou profissionalismo”, afirma Chequer.
A melhor estratégia para evitar isso é apostar em posturas e gestos neutros. “O que você busca em termos gestuais deve sempre visar à neutralidade e à complementariedade”, afirma Adas.
Ou seja, a maneira como você usa as mãos ou desloca o seu corpo não pode interferir na história que está contando – antes, deve reforçá-la.
Manter as mãos ao lado do corpo, por exemplo, cumpre essa função. Fazer gestos abertos, por sua vez, mostra ausência de proteção e confiança. “A conexão com a audiência é mais forte se seu gesto é natural”, diz Chequer.
“Muita gente odeia que aponte o dedo para elas. Ao fazer isso, você quebra a empatia”, diz Chequer.
Quando o grupo é pequeno, contudo, muitas vezes não faz sentido ficar em pé. Aí, a dica é aguçar os sentidos para perceber qual postura é mais adequada para cada reunião.