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Pandemia produz problemas sanitários e políticos no Cone Sul

Um possível espalhamento da variante de Manaus, mais contagiosa, e uma certa desorganização estatal colaboram para o repique regional da doença

No Uruguai, acabou a lua de mel com o recém-eleito Luis Alberto Lacalle Pou (Ernesto Ryan/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2021 às 14h57.

O recrudescimento da Covid-19 no Cone Sul do continenteproduz problemas não apenas sanitários, mas também políticos. No Brasil, o governo de Jair Bolsonaro está às voltas com uma CPI. Na Argentina, o prefeito da capital rebelou-se contra as novas medidas restritivas de Alberto Fernández. E no Uruguai, acabou a lua de mel com o recém-eleito Luis Alberto Lacalle Pou.

Os três países são governados por distintas correntes políticas. Grosso modo, e com todas as relativizações possíveis, direita no Brasil e esquerda na Argentina. No Uruguai, o que hoje em dia seria aqui chamado de centro. Também foram três modelos diferentes de combate ao vírus. Respectivamente, isolamentos sociais descentralizados (Brasil), tentativa de lockdown nacional (Argentina) e "modelo sueco" (Uruguai).

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Uma hipótese para o repique regional é o espalhamento da variante de Manaus, mais contagiosa, disseminada com a ajuda das porosidades fronteiriças do continente. A isso certamente se juntam uma certa desorganização estatal e a ausência da desejável (pelo menos em pandemias) disciplina social encontrada nos países que vêm melhor conseguindo enfrentar o desafio.

* Alon Feuerwerker é analista político da FSB Comunicação

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