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O dinheiro está a favor do clima?

o mundo corporativo – e especialmente grandes investidores – desempenha um papel crucial como catalisador de mudanças, escreve Danilo Maeda na edição da coluna Gestão Sustentável desta semana

 (sarayut/Getty Images)

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Danilo Maeda
Danilo Maeda

Head da Beon - Colunista Bússola

Publicado em 18 de setembro de 2024 às 07h00.

A crise climática global e o desenvolvimento sustentável exigem ações urgentes e com grau de ambição adequado ao tamanho dos desafios. Os governos são os principais responsáveis pela definição de políticas públicas que resolvam estas questões, mas sua ação costuma depender da pressão exercida pela sociedade civil e pelo setor privado.

Neste sentido, uma das tendências de sustentabilidade mais relevantes atualmente é o engajamento privado a favor de políticas públicas que impulsionem o atingimento dos nossos grandes compromissos globais,

Nesse sentido, o mundo corporativo – e especialmente grandes investidores – desempenha um papel crucial como catalisador de mudanças. Com seus recursos e influência, podem acelerar a adoção de iniciativas de mitigação, adaptação, resiliência e regeneração, bem como defender e apoiar políticas que promovam práticas sustentáveis e mitiguem os riscos climáticos.

A Declaração Global de Investidores de 2024 sobre a Crise Climática, assinada por centenas de instituições financeiras que representam trilhões de dólares em ativos sob gestão, é um com um exemplo desse tipo de mobilização. 

A declaração apresenta uma série de recomendações aos governos, convocando-os a implantar políticas que acelerem a transição para uma economia net-zero e abordem a crise climática.

Abaixo, os temas-chave da declaração, conforme resumo feito com ajuda da inteligência artificial:

Alinhamento de políticas: 

Os investidores enfatizam a necessidade de os governos alinharem suas políticas com a meta de 1,5°C do Acordo de Paris. Isso inclui estabelecer metas ambiciosas, fornecer incentivos para energias limpas e implementar mecanismos de precificação do carbono.

Transição setorial: 

A declaração pede ações específicas para a transição de setores de alta emissão, como energia, transporte e indústria, para alternativas de baixo carbono. Isso envolve a eliminação gradual de combustíveis fósseis, a promoção de energias renováveis e a melhoria da eficiência energética.

Soluções baseadas na natureza: 

Os investidores destacam a importância de soluções baseadas na natureza, como reflorestamento e restauração de ecossistemas, para mitigar as mudanças climáticas e proteger a biodiversidade.

Divulgação relacionada ao clima: 

A declaração defende a divulgação obrigatória de informações relacionadas ao clima por empresas e instituições financeiras para aumentar a transparência e a responsabilização.

Cooperação internacional: 

Os investidores enfatizam a necessidade de cooperação internacional para abordar a natureza global da crise climática, incluindo financiamento climático e transferência de tecnologia.

Além dos posicionamentos públicos, investidores e empresas podem exercer uma pressão relevante sobre os governos em prol do desenvolvimento sustentável, com estratégias que envolvem o uso das estruturas de relacionamento governamental para engajamento sobre temas relevantes e políticas públicas no tema. Para alcançarmos um futuro sustentável para todos, é necessário que cada organização vá além da responsabilização por seus próprios impactos e considere o interesse comum em suas estratégias e atuações.

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