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Grande, média, pequena empresa: por que tamanho não é documento na hora de aplicar ESG? 

Advogada especialista em ESG tira dúvidas e explica por que o ESG é importante para empresas que pretendem ser inovadoras

Business Person, People, Office, Business, Adult, Work (MesquitaFMS/Getty Images)
Bússola

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Publicado em 27 de agosto de 2024 às 10h00.

"É verdade que o ESG foi puxado inicialmente por ambientalistas, mas hoje já deve ser visto como uma prática de gestão . Ele tem tudo a ver, principalmente no contexto da tecnologia e da inovação", diz Elaise Sestrem.

A advogada é responsável técnica do projeto de desenvolvimento de estratégia ESG e Sustentabilidade do Centro de Inovação Blumenau (CIB), e acredita que a estratégia ESG ainda é vista com desconfiança.

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“Atualmente não existe espaço para inovação que não seja sustentável”, ela conta, considerando que ainda assim muitos gestores ainda aplicam a estratégia“apenas para cumprir agenda .

Convidamos a especialista para esclarecer questões a respeito de estratégia ESG, mostrar a importância da sustentabilidade para a inovação e dar dicas de como incluir as três siglas na operação de negócios grandes e pequenos.

ESG é coisa de empresa grande?

No seu papel, Elaise lida diretamente com fundadores de negócios inovadores. Segundo ela, "é um equívoco comum empreendedores acharem que ESG é uma ação somente para empresas maiores. Muito pelo contrário, o momento inicial da elaboração da organização é exatamente o mais fácil de agregar o conceito".

Ela ainda esclarece que a questão não é só considerar o ESG uma agenda a cumprir, mas também cumpri-la erroneamente: " o famoso greenwashing é uma prática indefensável, mas não é só isso. Um dos equívocos mais comuns que encontro é o gestor que quer aplicar uma estratégia pronta à empresa, o que deixa o trabalho raso.”

Elaise aponta que o sucesso neste caminho só é possível a partir da análise individual de cada empresa e do contexto onde ela está inserida.

Estratégia ESG deve começar pelo “G” de “governança”

Na prática, "só de estar com as obrigações tributárias e construir um modelo de contratação abrangente e inclusivo, isso já é ESG . Mas é essencial analisar os parceiros comerciais da organização. Como o seu fornecedor trabalha? Como ele seleciona funcionários, matéria-prima e os próprios fornecedores?", questiona.

Segundo a especialista, é por isso que o código de ética deve estar inserido na formulação do negócio. "A gente ouve muitos gestores reclamando que a nova geração não quer mais trabalhar.Não é nada disso. As pessoas atualmente precisam se sentir parte do negócio, ser ouvidas e ter espaço para inovar sem medo ", explica.

Neste quesito, ela cita algumas ações relevantes:

Incentivos fiscais são valiosos, mas empresas frequentemente os deixam para trás

"Em 2022, nem 3,5 mil empresas usaram o incentivo fiscal da Lei do Bem no Brasil", afirma Elaise.

Segundo a especialista, a Lei do Bem (incentivo fiscal relativo à inovação) é uma oportunidade valiosa para empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento de inovação, visando promover soluções que possam alavancar suas práticas ESG.

"A empresa precisa investir em uma inovação tecnológica que possa resultar em um novo produto ou processo, ou que gere melhorias incrementais e ganho efetivo de qualidade ou produtividade aos já existentes", conclui.

Para trazer o tópico de forma objetiva ao público, explicando os detalhes e particularidades do ESG a empreendedores e tomadores de decisão, Elaise apresentará um painel sobre o tema durante o Conexão WK, um evento promovido pela WK, empresa especializada em ERP e gestão corporativa, durante os dias 12 e 13 de setembro em Blumenau/SC.

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