Gente & Gestão: pedi um feedback para minha esposa e filhos
Neste começo de ano, Carlos Guilherme Nosé reflete sobre as promessas feitas e como cumpri-las
CEO e sócio da FESA Group - Colunista Bússola
Publicado em 26 de janeiro de 2024 às 10h00.
om frequência vejo as pessoas nessa época do ano, fazendo as famosas milpromessas de uma nova vida.
Seja uma alimentação mais saudável, mais controle com as finanças , ler mais, ficar mais com os filhos e por aí vai.
Nessa enxurrada de posts e promessas, fiz a reflexão do quanto de fato nós valorizamos pouco o que fazemos de bom.
É do ser humano lembrar 10 vezes mais das falhas ou faltas que tem a se orgulhar das pequenas conquistas que teve no seu dia a dia.
Nesse último Natal fiz um pedido de presente um tanto quanto inusitado para minha esposa e meus dois filhos. Pedi um feedback!
Pedi que escrevessem, no formato que quisessem, 3 coisas:
- Coisas que eu faço que eles adoram e que eu tenho que continuar fazendo.
- Coisas que eu faço e que eles gostariam que eu fizesse mais (ou não faço tanto).
- Coisas que eu faço e que eles não gostam, que eu tenho que parar de fazer ou ao menos diminuir a frequência.
Na verdade, usei a metodologia de feedback conhecida como “Start – Stop – Continue” muito usada em algumas empresas.
Fiquei super curioso e ansioso para saber o que viria e minha tendência foi achar que viriam coisas como:
- “Pai, você trabalha muito e queria que você ficasse mais tempo em casa”.
- “Seja menos bravo quando fazemos besteira”.
No mínimo eu esperava o item 3 mais recheado que os outros.
E para minha alegre surpresa, só vieram mensagens para eu continuar e reforçar as coisas boas que já faço!
Talvez a imaturidade e a pureza da cabeça de 2 adolescentes , nos façam ver só o copo meio cheio. Eles no fundo sabem que meu trabalho é um dos meus pilares que me traz felicidade, assim como a família.
Eles sabem que ter um pai mais “ rígido e mais bravo ” os moldou seres humanos com responsabilidade e honra “como eles mesmos escreveram” e que tudo tem causa e consequência.
Portanto, pensei que eu teria um guia ou bullet points para fazer de 2024 uma vida nova, mas não foi nada disso. Meus filhos e minha esposa mostraram que sim, temos defeitos e coisas que podemos mudar e evoluir, mas que precisamos, e muito, valorizar mais e com mais frequência, tudo o que temos de bom. E pode acreditar, tem muito mais coisa boa do que você possa imaginar!
Um excelente 2024 a todos, com mais leveza, menos culpa e mais FELICIDADE!
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