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Especialistas apontam 6 estratégias para bombar as vendas na Black Friday 2024

Sucesso dos lojistas e indústria depende cada vez mais de uma combinação estratégica de práticas modernas, que vão além das tradicionais promoções

(ArtististGNDphotography/Getty Images)
Bússola

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Publicado em 17 de outubro de 2024 às 15h00.

A Black Friday no Brasil, marcada para o dia 29 de novembro, é uma das maiores oportunidades para o varejo alavancar as vendas.

Para especialistas do setor, o sucesso dos lojistas e indústria depende cada vez mais de uma combinação estratégica de práticas modernas, que vão além das tradicionais promoções.

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Convidamos profissionais do varejo para dar seis dicas de como conseguir o sucesso na data.

1. Comércio unificado

Esse conceito, que representa a integração entre o comércio online e o físico, permite uma experiência de compra fluida e sem barreiras.

"Hoje, consumidores têm a expectativa de conveniência, aliada à personalização do atendimento, que impacta diretamente o sucesso de vendas. O Comércio Unificado pode aumentar o faturamento em até três vezes", diz Stefan Furtado, gerente regional da Manhattan Associates, líder em tecnologia para cadeias de suprimentos e comércio omnicanal.

Segundo a edição brasileira do Unified Commerce Benchmark, 50% dos consumidores evitam comprar de marcas que não ofereçam uma experiência integrada entre os canais.

Para atender a essas demandas, Stefan recomenda a adoção de diferentes tecnologias para garantir a precisão do estoque e oferecer opções como a compra online com retirada em loja ou devolução facilitada, assim como aplicativos de ponto de venda (POS) eficientes e estáveis, entre outros.

2. Precificação correta das promoções

Se a estratégia de precificação não for feita com cuidado, o lojista pode perder dinheiro – é o que alerta Guilherme Zuanazzi, CEO da Aprix, empresa que desenvolve soluções de precificação baseadas em inteligência artificial.

Segundo a Aprix, 63,6% das companhias priorizam preços das concorrentes para definir os seus, 59,1% adotam a abordagem baseada em custos e 30,3% baseada em valor.

"Uma estratégia de precificação inteligente permite que o lojista maximize suas margens sem perder competitividade no mercado. Para defini-la, soluções de automação têm sido essenciais para empreendedores de todos os setores, que ganham confiança nas ações e conseguem tomar decisões em tempo real ", conclui o executivo.

Odair Behnke, gestor de Operações com o Mercado da WK, empresa referência em ERP, aconselha que varejistas automatizem esse processo.

“Muitos ainda usam planilhas para esse cálculo, mas numa temporada de vendas aquecida, essa ferramenta torna-se ainda mais obsoleta e passível de erros. Automatizar as informações aumenta a eficiência e assertividade na negociação com o cliente e também com fornecedores”, diz.

3. Boas práticas nas vendas físicas e via redes sociais

Combinar ações que direcionam o cliente online para a loja física pode ser uma boa estratégia. De acordo com pesquisa realizada pela multinacional italiana de softwares de gestão, Zucchetti, em parceria com a Fecomércio Santa Catarina, 82% dos varejistas efetivam suas vendas nas lojas físicas e 57% fecham negócios nas redes sociais.

“A loja física continua muito relevante no país, mas isso não significa que a estratégia online deve ficar em segundo plano. Pelo contrário, ela deve integrar o processo de vendas dos varejistas. Além das redes sociais, ferramentas como o WhatsApp têm grande relevância no mercado brasileiro: 96% dos entrevistados usam o aplicativo para falar com consumidores”, explica Bernardo Rachadel, diretor de Varejo na Zucchetti Brasil.

Para potencializar as vendas em diferentes canais, Bernardo orienta lojistas a investir em anúncios locais, realizar promoções exclusivas no espaço físico, produzir fotos e vídeos de alta qualidade e monitorar os resultados.

4. Campanhas internas de incentivo

É comum varejistas concentrarem esforços em atrair clientes, mas investir na motivação das equipes que estarão na linha de frente das vendas é crucial.

Campanhas internas de incentivo podem ser a chave para aumentar o engajamento e alcançar metas ambiciosas.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Locomotiva, em parceria com a LTM, 87% dos trabalhadores enxergam premiações em produtos e serviços como uma boa forma de valorização dos funcionários. Oferecer bonificações, prêmios ou recompensas estimula a produtividade e cria um ambiente de trabalho mais colaborativo e focado em resultados.

"Quando os colaboradores se sentem reconhecidos e valorizados, eles se dedicam ainda mais para alcançar os objetivos da empresa, especialmente em períodos como a Black Friday, quando cada venda conta," comenta Daniel Moreira, CEO da Hub4pay, fintech de incentivos e premiação corporativa.

5. Planejamento de estoque

Um dos maiores desafios do lojista é ter o produto certo, na numeração correta e nas condições comerciais ideais para atender o consumidor. Sendo assim, ter uma gestão de estoque estratégica é fundamental.

"Tudo começa com uma boa categorização de produtos: pode parecer simples, mas muitos lojistas categorizam seus produtos ou de forma muito genérica, ou trazendo muitos detalhes, e ambos geram confusão", aponta Alex Marques, Diretor Comercial da Data System, empresa de tecnologia especializada no varejo de roupas e calçados.

"Com uma categorização alinhada à gestão de estoque, o lojista pode entender a cobertura de estoque por categoria, saber quais numerações estão faltando, e quais produtos estão com dificuldades de girar. Com isso, é possível aplicar descontos mais agressivos nos produtos 'parados' e ser mais conservador em outros", diz.

6. Evitar ruptura de gôndola

Para as indústrias, a chave para evitar a ruptura de gôndola na Black Friday é a antecipação: isso inclui o uso de previsões de demanda detalhadas, com base em dados históricos e tendências de consumo.

Segundo Arthur Fabris, Gerente de Customer Success da Involves, empresa de tecnologia especializada em gestão de trade marketing, um diferencial competitivo relevante é o monitoramento contínuo no PDV, que permite reagir rapidamente às mudanças no estoque e evitar a falta de produtos. Soluções tecnológicas permitem o acompanhamento em tempo real da operação, reduzindo o tempo de resposta das equipes e garantindo maior disponibilidade de produtos durante picos de demanda.

"Essa antecipação, combinada com o ajuste das frequências de entrega, garante que os produtos estejam disponíveis nas gôndolas no momento certo, evitando rupturas durante eventos de grande volume de vendas ", afirma Arthur.

"Além disso, é preciso trabalhar em colaboração estreita com os varejistas: compartilhar previsões de demanda com os parceiros, ajustar o planejamento de reposição e garantir umacomunicação eficiente com as equipes de campo são passos essenciais ".

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