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ESG: Governadores terão que salvar florestas nativas e reduzir pobreza

Nos dias 16 e 18 de março, governadores de 38 estados e províncias montarão um plano de ação voltado de economia verde e redução de pobreza

Grupo é formado por Brasil, Estados unidos, México, Espanha, Colômbia, Peru, Equador, Nigéria, Costa do Marfim e Indonésia. (Ignacio Palacios/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 31 de janeiro de 2022 às 15h15.

Governadores de 38 estados e províncias que cobrem mais de um terço das florestas tropicais do mundo se reúnem entre os dias 16 e 18 de março, em Manaus, para montar um plano de ação voltado para a preservação das florestas nativas e redução da pobreza em seus entornos.

Eles pretendem sair do encontro com metas definidas para o Manaus Action Plan (MAP), como será batizado o documento, e dispostos a reduzir o desmatamento ilegal e a redução de emissões de gases de efeito estufa, além de apoiar uma série de atividades econômicas e cadeias produtivas que preservem o bioma e estimulem o desenvolvimento.

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O grupo formado por Brasil, Estados unidos, México, Espanha, Colômbia, Peru, Equador, Nigéria, Costa do Marfim e Indonésia representa a Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force), que há mais de uma década debate a difícil equação entre a economia verde e a melhor distribuição de renda.

O governador do estado do Amazonas, Wilson Lima, é o atual presidente do grupo. O evento vem sendo organizado por um comitê liderado por William Boyd, professor de Direito e no Instituto de Meio Ambiente e Sustentabilidade da UCLA, e representantes dos Estados Unidos, México e Peru. Era para ter sido realizado em maio de 2020, mas a pandemia mudou o calendário.

O Manaus Action Plan considera quatro eixos temáticos principais:

Conhecimento, tecnologia e inovação; políticas públicas e governança; população e comunidades; finanças e investimento. Desde 2020, cada país vem elaborando seu planejamento, com base em suas particularidades, para fundamentar o documento a ser debatido em Manaus.

O Amazonas, lembra o secretário do Meio Ambiente do Estado, Eduardo Taveira, tem 95% de sua floresta nativa preservada e 30% da população em extrema pobreza. Entre os compromissos que vai levar para o encontro, está o de reduzir o desmatamento no Estado em 20% esse ano e o de emissões de carbono em 50% até 2030, metas que anunciou durante a COP 26, em Glasgow, em novembro do ano passado.

Otimista com o resultado prático do encontro em março, Taveira informa que o Amazonas tem feito contato com instituições e empresas do mundo todo interessadas em investir em economia verde, para criar um polo industrial voltado para companhias de biotecnologia e bioeconomia, o que pode vir a ser uma extensão do atual Polo Industrial de Manaus.

E também, com a aprovação pela Assembleia Legislativa de um projeto que permite ao Estado arrecadar créditos de carbono, deve lançar em fevereiro o primeiro edital para habilitar as instituições que poderão comercializar os créditos ainda este ano.

“Vamos fortalecer o sistema estadual de Reed (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) e administrar os recursos para que revertam em benefício das populações tradicionais, ribeirinhos, quilombolas e indígenas do Amazonas. Nosso objetivo é que promovam de fato justiça social e justiça climática”, afirma Taveira.

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