Como fazer o financiamento climático chegar diretamente aos Povos Indígenas? Relatório revela
Novo relatório traz análise completa e experiência do Fundo Podáali com o Povo Xavante, que mostra como superar obstáculos de acesso a recursos
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Publicado em 10 de outubro de 2024 às 10h00.
Cerca de 80% da biodiversidade mundial está concentrada emterras indígenas, mas os povos e comunidades locais recebem menos de 1% da Assistência Oficial para o Desenvolvimento (AOD) – fornecida por governos de países desenvolvidos a países em desenvolvimento – ,
A assistência é um importante mecanismo para canalizar recursos para ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas ,por isso, fundos liderados por indígenas estão surgindo como um caminho para o investimento direto em comunidades.
Com a assistência, surge o relatório “Canalizando o financiamento climático para os povos indígenas”.
O relatório é fruto de parceria que canalizou recursos para iniciativas de desenvolvimento lideradas pelo Povo Xavante, e traz toda a experiência adquirida pelas entidades envolvidas:
- Fundo Podáali
- The Nature Conservancy (TNC) Brasil
- Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt)
- Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab)
Confira o documento completo clicando aqui.
Por que o documento é importante?
O relatório é inédito, e traz as lições aprendidas nessa experiência, que usou recursos financeiros do programa jurisdicional de REDD+ do estado de Mato Grosso.
O documento traz ainda recomendações para dois dos principais grupos de atores: tomadores de decisão e doadores de financiamento climático, e para fundos liderados por indígenas e seus parceiros.
O lançamento oficial foi durante a Semana do Clima de New York, na qual estiveram presentes diversos doadores e representantes indígenas.
O projeto deu certo a ponto das organizações indígenas da Amazônia Brasileira passarem a considerar replicar o modelo de financiamento em outras etnoregiões em Mato Grosso.
"Nossos territórios (indígenas) permanecem expostos a diversas ameaças e enfrentam dificuldades para acessar o apoio financeiro necessário, principalmente devido à alta burocracia. É essencial um mecanismo que simplifique esse acesso e responda de forma efetiva às necessidades específicas de cada região", conclui Valdemilson Ariabo, conselheiro do Fundo Podáali.
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