"Apesar dos desafios, com estratégias bem definidas e uma abordagem colaborativa, é possível construir uma cultura forte e eficiente" (courtneyk/Getty Images)
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Publicado em 19 de junho de 2024 às 10h00.
2024 começou com mais de 80 operações de fusões e aquisições e, segundo relatório da PwC Brasil, a tendência é de crescimento nos próximos meses.
Entre trocas de liderança, preenchimento de papelada e reorganização das operações, um grande empecilho se apresenta: a diferença e, por vezes, a incompatibilidade de culturas organizacionais.
A tarefa de planejar uma estratégia de unificação cultural é importante tanto para o para o executivo que planeja ou está a caminho de chefiar uma holding, quanto para o setor de recursos humanos.
Para expor um caminho viável, conversamos com Renata Esteves, diretora de Gente e Gestão da BeFly, ecossistema de negócios focado em turismo da América Latina que reúne 38 marcas e entende bem do processo.
A executiva destaca três pontos essenciais:
Cada empresa tem sua história. Para integrar hábitos e comportamentos de empresas adquiridas, é preciso um diagnóstico cuidadoso das práticas e valores de cada uma delas, para garantir que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas.
“[a BeFly] começamos conversando e entrevistando nossos colaboradores e lideranças, para resgatar a história e o DNA de cada marca, o que nos permitiu enxergar os pontos de convergência e os objetivos em comum, que formam a base da nova cultura organizacional”, exemplifica.
Renata ressalta que os colaboradores podem se sentir ameaçados pelo novo e por medo da perda de identidade organizacional.
Um estudo da McKinsey & Company revelou que 70% das iniciativas de transformação cultural falham devido à resistência dos funcionários e à falta de suporte da liderança.
É fundamental uma comunicação clara e transparente sobre os benefícios de uma cultura forte e consolidada. Assim, evita-se o medo e a resistência.
A BeFly foi fundada em 2021 a partir da aliança entre duas marcas líderes do mercado: Belvitur e Flytour.
No lugar de forçar uma mudança drástica, a equipe de Gente e Gestão e Comunicação procurou celebrar a diversidade das marcas e pessoas, colocando os colaboradores em primeiro lugar e permitindo que mantivessem sua identidade dentro da nova cultura.
“Apesar dos desafios, com estratégias bem definidas e uma abordagem colaborativa, é possível construir uma cultura forte e eficiente, impulsionando seu sucesso a longo prazo”, conclui Renata.
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