Youssef quer prestar novo depoimento ao juiz da Lava Jato
Doleiro está preso em caráter preventivo e poderá ficar até cinco anos presos como parte das 23 cláusulas de seu acordo firmado com o Ministério Público Federal
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 16h20.
São Paulo - O doleiro Alberto Youssef informou à Justiça Federal do Paraná que pretende prestar novo depoimento ao juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato , em uma das 11 ações penais em que ele é réu.
Segundo a defesa do doleiro, que firmou acordo de delação premiada e tem obrigação de colaborar com as investigações, o objetivo do novo depoimento é "para que esse órgão julgador possa sentenciar os eventos (supostamente) delitivos constantes na iniciativa da maneira mais justa e correta", assinala a petição encaminhada à Justiça Federal.
Nesta ação penal, na qual Youssef é acusado de liderar uma quadrilha que evadiu cerca de US$ 500 milhões entre 2009 e 2013, o doleiro ficou em silêncio em sua audiência perante o juiz realizada no ano passado, pois sua delação ainda não havia sido homologada.
Ainda assim, o Ministério Público Federal entendeu que Youssef faz jus à diminuição da pena neste processo "em virtude de sua colaboração para o esclarecimento de diversos outros fatos, cujas declarações foram prestadas perante à Polícia Federal", afirmaram os procuradores da força-tarefa.
Na ação todas as testemunhas já foram ouvidas e as defesas já apresentaram suas alegações finais (últimos argumentos antes da decisão do juiz), mas como Youssef é um colaborador, o juiz Sérgio Moro ainda pode decidir se aceita o pedido e realiza nova audiência com o doleiro.
Atualmente, Youssef está preso em caráter preventivo e poderá ficar no máximo cinco anos presos como parte das 23 cláusulas de seu acordo firmado com o Ministério Público Federal, que prevê ainda que ele devolva suas propriedades e participações que possui em empresas.
Além disso, caso sua condenação nas ações penais nas quais já é réu ou nas que ainda possam surgir contra ele somem 30 anos de prisão, todos os processos e inquéritos policiais que ainda tramitarem contra ele serão suspensos por um período de dez anos.
Evasão
A petição foi encaminhada na ação penal em que Youssef é acusado de liderar uma quadrilha que evadiu cerca de US$ 500 milhões entre 2009 e 2013 por meio de importações fictícias com base em contratos de câmbio firmado por empresas de fachada.
Dentre as empresas utilizadas para evadir o dinheiro estão a Labogen e a Piroquímica, do também réu da Lava Jato Leonardo Meirelles, apontado como testa de ferro do doleiro.
De acordo com a denúncia, a quantia foi enviada para offshores no exterior controladas pelos réus e as transações envolveram empresas e/ou bancos na China, Coreia, Canadá, Formosa/Taiwan, Taiwan, Índia, Uruguai, Estados Unidos, Itália, Hong Kong, Ucrânia, Bélgica, Liechtenstein e Costa Rica.
Além disso, a denúncia acusa o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, apontado como laranja do Youssef, e o doleiro pela lavagem de dinheiro com a compra de um imóvel avaliado em R$ 3,7 milhões.
São Paulo - O doleiro Alberto Youssef informou à Justiça Federal do Paraná que pretende prestar novo depoimento ao juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato , em uma das 11 ações penais em que ele é réu.
Segundo a defesa do doleiro, que firmou acordo de delação premiada e tem obrigação de colaborar com as investigações, o objetivo do novo depoimento é "para que esse órgão julgador possa sentenciar os eventos (supostamente) delitivos constantes na iniciativa da maneira mais justa e correta", assinala a petição encaminhada à Justiça Federal.
Nesta ação penal, na qual Youssef é acusado de liderar uma quadrilha que evadiu cerca de US$ 500 milhões entre 2009 e 2013, o doleiro ficou em silêncio em sua audiência perante o juiz realizada no ano passado, pois sua delação ainda não havia sido homologada.
Ainda assim, o Ministério Público Federal entendeu que Youssef faz jus à diminuição da pena neste processo "em virtude de sua colaboração para o esclarecimento de diversos outros fatos, cujas declarações foram prestadas perante à Polícia Federal", afirmaram os procuradores da força-tarefa.
Na ação todas as testemunhas já foram ouvidas e as defesas já apresentaram suas alegações finais (últimos argumentos antes da decisão do juiz), mas como Youssef é um colaborador, o juiz Sérgio Moro ainda pode decidir se aceita o pedido e realiza nova audiência com o doleiro.
Atualmente, Youssef está preso em caráter preventivo e poderá ficar no máximo cinco anos presos como parte das 23 cláusulas de seu acordo firmado com o Ministério Público Federal, que prevê ainda que ele devolva suas propriedades e participações que possui em empresas.
Além disso, caso sua condenação nas ações penais nas quais já é réu ou nas que ainda possam surgir contra ele somem 30 anos de prisão, todos os processos e inquéritos policiais que ainda tramitarem contra ele serão suspensos por um período de dez anos.
Evasão
A petição foi encaminhada na ação penal em que Youssef é acusado de liderar uma quadrilha que evadiu cerca de US$ 500 milhões entre 2009 e 2013 por meio de importações fictícias com base em contratos de câmbio firmado por empresas de fachada.
Dentre as empresas utilizadas para evadir o dinheiro estão a Labogen e a Piroquímica, do também réu da Lava Jato Leonardo Meirelles, apontado como testa de ferro do doleiro.
De acordo com a denúncia, a quantia foi enviada para offshores no exterior controladas pelos réus e as transações envolveram empresas e/ou bancos na China, Coreia, Canadá, Formosa/Taiwan, Taiwan, Índia, Uruguai, Estados Unidos, Itália, Hong Kong, Ucrânia, Bélgica, Liechtenstein e Costa Rica.
Além disso, a denúncia acusa o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, apontado como laranja do Youssef, e o doleiro pela lavagem de dinheiro com a compra de um imóvel avaliado em R$ 3,7 milhões.