Vigilância Sanitária interdita Hospital Santa Marcelina em SP
Instituição filantrópica e privada de referência que funciona há 56 anos no bairro da zona leste paulista admitiu em nota a superlotação
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de dezembro de 2017 às 12h18.
Última atualização em 5 de dezembro de 2017 às 12h36.
São Paulo - O Pronto-socorro do Hospital Santa Marcelina em Itaquera, zona leste de São Paulo, está com atendimento parcialmente suspenso desde Quinta-feira passada, 30, devido a superlotação e consequente interdição pela vigilância sanitária.
Em nota, o Hospital Santa Marcelina, instituição filantrópica e privada de referência que funciona há 56 anos no bairro da zona leste paulista, admite a superlotação e informa que o pronto-socorro clínico tem 20 leitos, mas atende, em média, 50 pacientes - e que o pronto-socorro cirúrgico tem 14 leitos e atende 40 pessoas.
De acordo com o hospital, o pronto-socorro faz 24 mil atendimentos por mês, sendo 87% dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a interdição feita pela Vigilância Sanitária, o hospital atenderá apenas casos de extrema urgência.
Para absorver a demanda, a Secretaria Municipal de Saúde diz estar reorganizando a rede e priorizando os atendimentos de risco.
A Prefeitura de São Paulo informou que a zona leste conta com 45 serviços de saúde, entre eles quatro hospitais municipais.
Os casos sem gravidade são encaminhados à UPA Itaquera e aos hospitais municipais Dr. Waldomiro de Paula (Planalto) e Tide Setúbal.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, pacientes que necessitam de atendimento de alta complexidade são encaminhados para o Hospital Municipal Dr. Carmino Caricchio, no Tatuapé.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que o Hospital Santa Marcelina tem até a próxima segunda-feira, dia 11, para apresentar uma proposta de adequação dos setores e seu respectivo tempo de execução, que será avaliada tecnicamente pela Vigilância Sanitária do Estado.