Brasil

Vamos ampliar pagamento do Pé-de-Meia para todos os estudantes inscritos no CadÚnico, afirma Lula

Lula disse que mais de 1,2 milhão de estudantes serão incluídos no programa que paga auxílio para os alunos do ensino médio

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 22 de abril de 2024 às 13h01.

Tudo sobreLuiz Inácio Lula da Silva
Saiba mais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira, 22, que a medida provisória que cria o programa Acredita também inclui um trecho que vai ampliar o público do programa Pé-de-Meia. 

"Vão entrar mais de 1,2 milhão de meninos e meninas no Pé-de-Meia", disse Lula em evento de lançamento do programa de estímulo ao crédito para Microempreendedores Individuais (MEIs), micro e pequenas empresas, e beneficiários do Bolsa Família.

O chefe do Executivo explicou que o governo federal havia incluído apenas os estudantes de famílias que recebem o Bolsa Família como beneficiários do programa Pé-de-Meia. Agora, segundo o presidente, todos os estudantes cadastrados no CadÚnico serão elegíveis a receber a bolsa de estudos.

Hoje, o programa atende cerca de 2,5 milhões. Com a ampliação anunciada por Lula, o total de estudantes atendidos será de 3,7 milhões. 

O Pé-de-Meia prevê pagar um auxílio de R$ 200 mensais para alunos do ensino médio que cumprem critérios socioeconômicos e de participação nas aulas. A ideia do governo é diminuir a evasão escolar no ensino médio.

No começo de cada ano letivo, cada estudante receberá R$ 200 ao fazer a matrícula. Se ele tiver frequência e média suficientes, ele vai receber mais nove parcelas de R$ 200, uma por mês. Quando o estudante concluir os estudados, o valor total da poupança pode chegar até R$ 9.200. O pagamento do programa começou a ser realizado no último dia 26 de março. 

Para receber o valor, os jovens devem: matricular-se e serem aprovados em todos os anos do ensino médio, ter uma frequência escolar mínima de 80%, participar nos exames do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e, quando houver, nos exames de sistemas de avaliação externa para o ensino médio.

Estamos criando a condição para as pessoas tenham direito a ter acesso a crédito, diz Lula

Ao comentar sobre o programa Acredita, Lula disse que a medida visa ajudar os pequenos comércios que se endividaram durante a pandemia de covid-19. O presidente afirmou que o acesso ao crédito é imprescindível para uma sociedade se desenvolver.

"O que estamos é criando as condições para que independe da quantidade, da origem social e do tamanho do negócio, a pessoa tenha direito de ter acesso ao sistema financeiro e crédito", afirmou o petista.

O presidente afirmou ainda que o programa anunciado nesta segunda não é apenas um nova política de crédito, mas a demonostração que o governo quer transformar o Brasil em um país "definitivamente desenvolvido".

"Não queremos um país de gente muito rica e gente muito pobre. Queremos um país que tenha uma classe média sustentável, com um padrão de vida digno e decente. Com escola, cultura e salário. Que as pessoas possam fazer uma viagem. Não queremos um país que eternamente dependa de um Bolsa Família", disse.

Lula disse ainda que os últimos anúncios de investimentos, do Mercado Livre, Honda e Claro, são um indicativo que o Brasil está crescendo e poderá superar as projeções. O presidente comemorou os aumentos salarias acima da inflação no último ano para valorizar o momento da economia do país.

"Isso é um sinal de que não sou apenas eu e o ministro Haddad que estamos acreditando na economia. É um sinal que os empresários também estão acreditando, apesar de nem todos falarem isso para a imprensa", afirmou o presidente petista.

Acompanhe tudo sobre:MEC – Ministério da EducaçãoLuiz Inácio Lula da SilvaEducaçãoEnsino médio

Mais de Brasil

Novo oficializa candidatura de Marina Helena à prefeitura de SP com coronel da PM como vice

Estudo da Nasa aponta que Brasil pode ficar 'inabitável' em 50 anos; entenda

Temperatura acima de 30°C para 13 capitais e alerta de chuva para 4 estados; veja previsão

Discreta, Lu Alckmin descarta ser vice de Tabata: 'Nunca serei candidata'

Mais na Exame