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Vai ter greve do Metrô de SP? Sindicato se reúne nesta segunda para discutir paralisação

O sindicato vai discutir o calendário de mobilização, quando se pode definir a data de uma nova greve

Greve: metroviários vão discutir o calendário de mobilização (Paulo Lopes/Anadolu Agency /Getty Images)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 23 de outubro de 2023 às 07h30.

Última atualização em 24 de outubro de 2023 às 14h27.

O sindicato dos metroviários de São Paulo realiza nesta segunda-feira, 23, uma assembleia para discutir uma nova paralisação nos próximos dias. A reunião acontece na sede da entidade às 18h30 e terá transmissão nas redes sociais da categoria.

ATUALIZAÇÃO:Metrô de SP: assembleia termina sem definição sobre nova greve

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Na semana passada, os metroviários aprovaram um estado de grevecontra as advertências aplicadas pelo Metrô e as privatizações em discussão pelo governo Tarcísio de Freitas. Com a decisão, a categoria alerta que pode realizar uma paralisação a qualquer momento.

No encontro desta segunda, o sindicato vai discutir o calendário de mobilização, quando se pode definir a data de uma nova greve. Segundo os metroviários de São Paulo, no próximo dia 26 de outubro,a Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários) está organizando um dia nacional de luta, com paralisações, manifestações e panfletagens em todo o país contra os planos de privatização do Metrô de São Paulo, Recife e Porto Alegre.

A reunião também deve abordar sobre o processo movido pelo Metrô, que pedeR$ 7,1 milhõespor supostos prejuízos gerados durante a greve no início do mês. Em nota publicada no X, antigo Twitter, o sindicato afirmou que teve conhecimento da ação pela imprensa e que ainda não foi notificado oficialmente.

Por que o Metrô pode entrar em greve?

Desde junho, os metroviários, ferroviários e trabalhadores da Sabesp exigem que o governo interrompa os processos de privatizações imediatamente, cancele os pregões de terceirização do Metrô e consulte a população por meio de um plebiscito sobre as entrega das empresas estatais à iniciativa privada. Eles afirmam que a concessão de linhas de transporte e da rede de água e esgoto vão piorar a qualidade dos serviços. E citam, como exemplo, o aumento das falhas nas linhas 8 e 9 da CPTM após a concessão à ViaMobilidade.

A greve do dia 3 causou impacto na capital paulista, que registroumais de 600 km de lentidão. O rodízio foi suspenso e as administrações estadual e municipal decretaram ponto facultativo. Apenas as creches e escolas municipais e postos de saúde funcionaram. Escolas da rede estadual ficaram fechadas. As linhas do Metrô não funcionaram durante todo o dia e a CPTM teve linhas com operação parcial ou fechadas.

Em meio à greve, a linha 9-esmeralda apresentou falha elétrica e os trechos entre as estações Morumbi e Villa Lobos-Jaguaré foram paralisados.
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