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Vacina bivalente covid-19: cidade de SP começa aplicação em pessoas com mais de 50 anos

A prefeitura e o governo de São Paulo fizeram uma reunião nesta terça-feira, 25, para ter uma previsão de fluxo de entrega de doses

Bivalente: vacina protege contra mais de uma cepa do vírus (Fabio Rodrigues/Agência Brasil)

Bivalente: vacina protege contra mais de uma cepa do vírus (Fabio Rodrigues/Agência Brasil)

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Casual

Publicado em 25 de abril de 2023 às 13h33.

Última atualização em 5 de maio de 2023 às 06h56.

A prefeitura de São Paulo vai começa a aplicação da vacina bivalente contra a covid-19 em pessoas com mais de 50 anos a partir da próxima quarta-feira, 26. O Ministério da Saúde liberou, na segunda-feira, 24, a vacina bivalente contra a covid-19 para todos os adultos acima de 18 anos que tenham tomado pelo menos duas doses, sendo a última há no mínimo quatro meses.

A prefeitura e o governo de São Paulo fizeram uma reunião nesta terça-feira, 25, para ter uma previsão de fluxo de entrega de doses. Pelo Programa Nacional de Imunizações, o governo federal entrega as vacinas aos estados, que redistribuem às prefeituras. Algumas cidades buscam diretamente no depósito estadual e conseguem acelerar a aplicação.

De acordo com o estado de São Paulo, a secretaria estadual vai entregar aos municípios as 600 mil doses que tem em estoque para que as prefeituras possam se programar. A orientação é para que a aplicação seja escalonada, por idade. O estado calcula que o público-alvo desta campanha é de 23 milhões de pessoas.

"O que temos hoje em estoque, mais a quantidade já distribuída aos municípios anteriormente, é o suficiente para iniciarmos a imunização deste público, porém, é necessário que, o quanto antes, possamos receber uma nova remessa do Ministério para abastecer os municípios e seguirmos com a imunização para toda a população", disse Tatiana Lang D'Agostini, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo.

Quem já pode tomar a vacina contra a covid-19 em SP?

No dia 27 de fevereiro começou uma nova campanha de vacinação contra a covid-19 na cidade de São Paulo. Para esta fase foram convocados brasileiros em grupos de risco — idosos e imunossuprimido (veja todos os grupos abaixo). Eles recebem no braço uma dose do imunizante bivalente da Pfizer que protege contra o vírus original do SARS-CoV-2 e as últimas variantes, como a ômicron, altamente transmissível.

  • 1° Fase - 27/2/2023

- Pessoas idosas com 70 anos ou mais
- Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP's) a partir de 12 anos (abrigados e trabalhadores dessas instituições como Ilpi, Saica, CAE, RI entre outras)
- Pessoas imunocomprometidas com 12 anos ou mais
- Comunidades indígenas (com 12 anos ou mais)

  • 2ª Fase - 6/3/2023

- Pessoas idosas com 60 anos ou mais

  • 3ª Fase - 20/03/23

- Gestantes e pessoas em período de puerpério

  • 4ª Fase – 5/4/2023

- Profissionais da saúde
- Pessoas com deficiência física permanente
- População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional
- Pessoas com comorbidades

  • 5ª Fase – Início em: 20/4/2023

- Pessoas em situação de rua

  • 6ª Fase - início em 26/4

- Pessoas com mais de 50 anos

Onde tomar a vacina contra a covid-19 em SP

Para os grupos de risco, o imunizante está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com funcionamento de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 19h, e em AMAs/UBS Integradas, que atendem das 7h às 19h, inclusive aos sábados e feriados.

469 Unidades Básicas de Saúde (UBS) 
Funcionamento: de segunda a sexta-feira.
Horário: das 7h às 19h.
Veja aqui a lista com os endereços das unidades básicas de saúde (UBS)
Os endereços das UBS também podem ser acessados pela ferramenta Busca Saúde.

AMA/UBS Integradas
Funcionamento: 7h às 19h, inclusive aos sábados e feriados.
Veja aqui a lista com os endereços das AMA/UBS Integradas

O que é a vacina bivalente?

Assim como a da gripe, outras vacinas recebem uma atualização para contemplar uma proteção sobre novas variantes que surgem ao longo do tempo. O imunizante aplicado nesta nova etapa é bivalente, ou seja, protege contra mais de uma cepa do vírus. Para isso, é usada a tecnologia do mRNA com dois códigos genéticos. No caso da Pfizer, está sendo usado o código da cepa original do coronavírus e o da variante Ômicron, que é a predominante nas infecções recentes no mundo todo.

Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), explica que isso não significa que as chamadas monovalentes não funcionem. Segundo o especialista, as vacinas já aplicadas conferem uma proteção significativa contra o coronavírus na casa dos 80%. Pesquisas mostram que a variante Ômicron tende a diminuir este valor e conseguir passar pela barreira do corpo e infectar. Apesar disso, os imunizantes atuais conseguem proteger contra os casos graves e mortes, mesmo com as novas variantes.

Vacina contra a gripe em SP

Desde o dia 10 de abril, a cidade de São Paulo aplica o imunizante contra a gripe. A previsão é concluir a vacinação até o dia 31 de maio, e atingir a meta de 90% de cobertura. Em 2022, a cidade de São Paulo conseguir vacinar apenas 55% do total do grupo prioritário, segundo dados do Ministério da Saúde. 

Nesta campanha estão grupos prioritários como idosos, profissionais da saúde e profissionais da educação (veja quem pode receber o imunizante e o calendário).

Pode tomar a vacina contra a gripe e contra a covid-19 juntas?

Segundo médicos, especialistas e norma do Ministério da Saúde, as duas vacinas podem ser aplicadas no mesmo dia. A exceção é para o imunizante contra o coronavírus em crianças até 11 anos. Nesses casos, a recomendação é ter um intervalo de 15 dias.

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