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Uma guinada no ensino médio

Se há um problema estrutural brasileiro que compromete a competitividade do país e impede que milhares de cidadão realizem seus sonhos, este problema é a educação. A grande questão é como resolvê-lo. O governo de Michel Temer deve anunciar, hoje, o que acredita ser parte importante da mudança que tanto precisamos. O governo vai divulgar […]

MENDONÇA FILHO: o ministro alegou “senso de urgência” para apresentar a reforma no ensino como Medida Provisória / Valter Campanato/Agência Brasil
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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2016 às 07h05.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h33.

Se há um problema estrutural brasileiro que compromete a competitividade do país e impede que milhares de cidadão realizem seus sonhos, este problema é a educação. A grande questão é como resolvê-lo. O governo de Michel Temer deve anunciar, hoje, o que acredita ser parte importante da mudança que tanto precisamos.

O governo vai divulgar uma ampla reforma no ensino médio por meio de Medida Provisória, que não precisa de aprovação do Congresso, e que valerá já para 2017. Os alunos terão mais horas de aulas e menos disciplinas, e poderão montar até metade do curso dentro de suas ambições profissionais. A carga horária vai passar de 800 para 1.400 horas por ano, o que vai exigir turno integral dos alunos. A mudança deve ser gradual e começar pelas redes estaduais.

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A medida é mais do que polêmica. Para começar, mexe nos pilares do ensino no Brasil de forma autocrática, sem o devido debate com a sociedade e sem os trâmites no Congresso. Ontem, em visita à Câmara, o ministro da Educação, Mendonça Filho, falou em “senso de urgência” em virtude do péssimo desempenho recente dos alunos de ensino médio nas avaliações recentes. Afirmou ainda que a questão vem sendo debatida há dois anos.

Outra polêmica, com educadores, está numa abordagem mais técnica do ensino médio, voltada para o mercado de trabalho e para as necessidades mais urgentes do país. A discussão é ampla. Seja como for, modelo nenhum deve decolar enquanto questões muito mais básicas, como salas de aula bem aparelhadas e professores bem pagos e bem formados, não forem resolvidos. Isso, sim, deveria estar no topo da lista de prioridades.

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