Uísque é símbolo de status da classe média no Brasil, diz The Economist
Publicação britânica divulga ranking dos maiores importadores do mundo e cita que a população nordestina toma a bebida alcoólica com água de coco e gelo
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 12h19.
São Paulo - A América do Sul é a região que apresenta o maior crescimento no consumo de uísque escocês. O levantamento publicado pela edição online da revista The Economist mostra que o volume global de exportações do produto atingiu o recorde de 1,1 bilhões de garrafas no ano passado, totalizando US$ 4,9 bilhões.
Embora França, Estados Unidos e Espanha ainda sejam os maiores mercados, o crescimento mais veloz vem de países como o Brasil (alta de 56% em relação a 2008) e a Venezuela (alta de 77% em relação a 2008).
"No Brasil, o uísque é símbolo de status para a classe média emergente (no Nordeste, a bebida é frequentemente consumida com água de coco e gelo)", diz a publicação britânica.
Na Venezuela, diz a reportagem, garrafas de uísque servem como "distração para uma economia em apuros". O valor global das exportações da bebida aumentou 40% nos últimos 10 anos, fruto de um processo de valorização do produto.
O próximo passo é conquistar os mercados da Índia e da China, cujo mercado doméstico tem apenas 1% de aguardentes importadas. "O desafio para os produtores escoceses é assegurar que a China beba uísque em vez de uma imitação local, como aconteceu com um 'uísque louco' no Japão."
Veja a lista dos 10 maiores importadores de uísques escocês:
Ranking mundial | País | Crescimento das importações: 2009/2008 |
---|---|---|
1 | França | 12% |
2 | EUA | 12% |
3 | Espanha | -15% |
4 | Cingapura | 6% |
5 | África do Sul | 12% |
6 | Venezuela | 77% |
7 | Brasil | 56% |
8 | Coreia do Sul | -13% |
9 | Alemanha | -11% |
10 | Austrália | 1% |