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TSE adia; repressão de Maduro…

Julgamento adiado O julgamento no Tribunal Superior Eleitoral que pode resultar na cassação do mandato do presidente Michel Temer foi adiado. O plenário do Tribunal decidiu pela convocação de quatro novas testemunhas e pela concessão de mais prazo para a defesa dos acusados. Serão ouvidos o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e os marqueteiros João […]

PROTESTOS NA VENEZUELA: manifestantes de oposição ao presidente Nicolás Maduro pedem novas eleições / Carlos Garcia Rawlins/Reuters
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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2017 às 06h14.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h46.

Julgamento adiado

O julgamento no Tribunal Superior Eleitoral que pode resultar na cassação do mandato do presidente Michel Temer foi adiado. O plenário do Tribunal decidiu pela convocação de quatro novas testemunhas e pela concessão de mais prazo para a defesa dos acusados. Serão ouvidos o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e os marqueteiros João Santana, Mônica Moura e André Santana. Depois das oitivas, caberá ao ministro relator, Herman Benjamin, apresentar a conclusão dos depoimentos e conceder mais cinco dias para que as defesas se manifestem. Com isso, o julgamento só deve ser retomado entre a última semana de abril e o começo de maio, devido ao período de depoimentos e à agenda de viagens internacionais do presidente do TSE, Gilmar Mendes, responsável por convocar as sessões.

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João Santana fecha delação

O publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, fecharam acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, durante o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ainda nesta terça, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin homologou o acordo e remeteu os autos à PGR. Os depoimentos citam autoridades que têm foro privilegiado — por isso, precisavam da autorização do Supremo. O casal foi responsável pelo marketing da campanha de Dilma Rousseff (PT) nas eleições de 2010 e 2014. Mônica, que era responsável pela parte financeira da empresa de marketing do casal, informou em depoimento que recebeu 4,5 milhões de dólares numa conta offshore na Suíça. Segundo ela, o repasse, vindo da Odebrecht, era referente a uma dívida por serviços de marketing político prestados ao PT durante a campanha de Dilma em 2010.

Sem criminalizar o caixa dois

O relator da reforma política na Comissão Especial sobre o tema na Câmara, Vicente Cândido (PT-SP), desistiu de incluir a tipificação do caixa dois em seu texto. “Houve uma discussão entre os deputados presentes e decidiu-se que não era o momento, uma vez que já existe previsão desse ponto no texto das Dez Medidas. Vamos deixar o Senado analisar e votar essa questão”, disse Cândido. A possível inclusão sofre críticas, pois pode servir para anistiar quem fez a prática antes de a lei surgir. Mesmo deputados favoráveis à tipificação, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (PP-RJ), disseram que não é hora de incluir tal medida. Outras propostas que já estavam previstas foram confirmadas, como a votação por lista e a extinção do cargo de vice no Executivo.

Renan sobe o tom

Líder do maior partido do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) voltou a atacar, em conversa com jornalistas, a administração do presidente Michel Temer, também peemedebista, dizendo que se continuar como está, “o governo vai cair para um lado e o PMDB para o outro”. Segundo ele, “o governo é temporário”, diferentemente da legenda, “que já prestou relevantes serviços para o país e vai continuar prestando”. “Com o governo do deputado cassado Eduardo Cunha eu já rompi, vou aguardar o próximo”, ironizou Renan, fazendo referência a críticas anteriores a Temer, quando acusou o ex-presidente da Câmara, também do PMDB, hoje preso em Curitiba pela Operação Lava Jato, de mandar no governo.

FGTS: arrecadação cai

A arrecadação líquida do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) caiu 22,2% em 2016 em comparação com 2015. A diferença entre saques e depósitos chegou a 10,2 bilhões de reais, volume menor do que os 14,4 bilhões de reais contabilizados em 2015. A queda é reflexo do aumento do desemprego no país. Segundo dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados, o país perdeu 1,32 milhão de vagas formais no ano passado. Só os trabalhadores com carteira assinada têm contas de FGTS.

Crescimento de 3%?

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira esperar que o país cresça até 2,7% no quarto trimestre. “Se olharmos a previsão do crescimento do quarto trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, esperamos um crescimento de 2,7%. Vamos entrar em 2018 com um crescimento, um ritmo, acima de 3%. Portanto, está dentro da previsão”, disse. Durante um evento no Rio de Janeiro, o ministro disse ainda que espera recuperar “nos próximos trimestres” os 30% perdidos em investimentos nos dois últimos anos.

Rússia: terrorista do Quirguistão

Autoridades russas afirmam que o responsável pelo atentado que matou 14 pessoas numa estação de metrô em São Petersburgo na segunda-feira foi um russo nascido no Quirguistão, país de maioria muçulmana. As digitais de Akbarzhon Jalilov, de 22 anos, foram encontradas nos restos da mochila que explodiu, segundo a polícia. Não se sabe se Jalilov se explodiu junto com o artefato ou se fugiu. Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado, mas a imprensa local afirma que a principal suspeita recai no grupo terrorista Estado Islâmico, insatisfeito com a participação russa na guerra da Síria.

Investigação no Paraguai

A Organização das Nações Unidas pediu uma investigação no Paraguai sobre a morte de Rodrigo Quintana, manifestante oposicionista que morreu na sexta-feira por ação policial em protestos que chegaram a incendiar o Parlamento do país. Os protestos foram deflagrados após 25 senadores paraguaios se reunirem a portas fechadas para votar uma impopular lei que passaria a permitir a reeleição no país, o que possibilitaria a Cartes se reeleger em 2018. Em meio ao caos político instaurado, o presidente paraguaio, Horacio Cartes, demitiu o chefe de polícia e pediu diálogo com todas as instituições.

Repressão de Maduro

A polícia da Venezuela reprimiu com bombas de gás lacrimogênio manifestantes que se dirigiam à Assembleia Nacional, em Caracas, para protestar contra a tentativa de tomada do Legislativo pela Justiça, aliada do presidente Nicolás Maduro, na semana passada. A marcha contava com a presença do líder da oposição, Henrique Capriles, e foram registrados oito feridos. O objetivo da oposição é iniciar um processo na Assembleia, onde tem maioria, para remover deputados governistas que foram contra a independência da Casa perante o Judiciário.

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