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Torres de transmissão são derrubadas no PR e em Rondônia. Aneel fala em indícios de 'sabotagem'

Casos ocorreram no Paraná, perto de Itaipu, e em Rondônia. Relatório aponta "indícios de vandalismo"

Energia: novo projeto encontra entraves antigos para ser colocado em prática (Leandro Fonseca/Exame)
Drc

Da redação, com agências

Publicado em 10 de janeiro de 2023 às 14h51.

Última atualização em 10 de janeiro de 2023 às 16h01.

Três torres de transmissão de energia elétrica foram derrubadas e outras estruturas ficaram danificadas nesta segunda-feira, de acordo com informações da Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ). Os casos ocorreram no Paraná e em Rondônia. Boletim da agência reguladora fala em "vandalismo" e "sabotagem" na queda das linhas.

Não houve suspensão no fornecimento de energia. Mas, por conta desses atos, o governo federal criou um gabinete de crise para acompanhar a situação. Sob coordenação da Aneel, o gabinete de Acompanhamento da Situação do Sistema Elétrico Brasileiro desencadeou uma série de ações para garantir a segurança energética do país.

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A situação mais grave ocorreu às 0h13 de segunda-feira. Uma torre de transmissão que faz parte do sistema responsável por escoar a energia gerada na usina de Itaipu para o restante do país foi derrubada.

Cabos de apoio foram cortados e um trator foi usado para derrubar a torre, segundo relato de integrantes do governo. Outras três torres foram avariadas na mesma região. O caso ocorreu na cidade de Medianeira (PR), a 50 quilômetros de Foz do Iguaçu.

"Há indícios de vandalismo. Não foram identificadas condições climáticas adversas que possam ter causado queda de torres", aponta um trecho do boletim de acompanhamento do grupo.

Logo após a queda da torre, outra linha de transmissão assumiu o escoamento da energia e não houve corte no fornecimento.

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Duas torres em Rondônia

Outros dois casos ocorreram em Rondônia. Uma torre teve seus cabos de sustentação cortados e caiu e outra torre foi derrubada. Nas duas situações, também não houve interrupção no fornecimento de energia.

Em um dos casos, a empresa responsável pela torre aponta "indícios de sabotagem, sendo cortados dois estais (cabos de aço de sustentação da torre)". Em outro, o grupo também aponta que "há indícios de vandalismo".

Por conta do ocorrido, o ONS, sob coordenação do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Aneel, instituiu um Gabinete de Acompanhamento da Situação do Sistema Elétrico Brasileiro, visando manter a segurança do Sistema Interligado Nacional (SIN). Também foram adotadas medidas "tradicionalmente implementadas em eventos especiais como, por exemplo, Eleições e Copa do Mundo e Olimpíadas", diz nota enviada pelo ONS.

A Aneel enviou ofícios às concessionárias de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e ao ONS informando acerca da instituição do gabinete de crise, que receberá e processará as informações referentes a qualquer tentativa de ataque ou efetivo vandalismo, tanto sob o aspecto de integridade física como também cibernética das instalações.

No ofício, a Aneel também determina que as distribuidoras de energia suspendam o fornecimento de energia elétrica “de possíveis instalações provisórias, relacionadas à acampamentos clandestinos de manifestantes, e identifiquem, se possível, os proprietários/consumidores responsáveis, com fins de encaminhamento para as autoridades públicas”.

(Com Agência O Globo)

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