PF adia depoimento de Anderson Torres sobre operações da PRF nas eleições
O ex-ministro da Justiça tem depoimento marcado no inquérito que apura as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições
Redação Exame
Publicado em 24 de abril de 2023 às 11h18.
Última atualização em 24 de abril de 2023 às 11h47.
A Polícia Federal adiou o depoimento do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, marcado para esta segunda-feira, 24, no inquérito que apura as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições, segundo o portal G1. O adiamento acontece após a defesa de Torres alegar "piora" no estado emocional do ex-ministro. Uma nova data do depoimento ainda não foi definida.
Torres também deve passar por uma nova avaliação psicológica. O acompanhamento de rotina faz parte do protocolo de atendimento aos presos. A avaliação psicológica está prevista no acompanhamento de rotina dos presos. O ex-ministro passou pelo primeiro atendimento no dia 17 de janeiro, três dias depois de se entregar.
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Torres está preso preventivamente há quase 100 dias. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na semana passada mais um pedido da defesa para colocá-lo em liberdade.
A prisão foi decretada na investigação sobre o papel de autoridades nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Ele é o único que permanece preso. O ex-ministro fica em uma Sala de Estado Maior no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal.
Pessoas próximas ao ex-ministro afirmam que ele está deprimido e ficou mais abatido após saber que não seria colocado em liberdade. Uma das principais inquietações é ficar longe da família. Ele tem três filhas menores de idade que não vê desde que foi preso.
O ex-ministro trocou a defesa recentemente. O advogado anterior, Rodrigo Roca, já havia trabalhado para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O escritório de Eumar Roberto Novacki, que já foi chefe da Casa Civil do Distrito Federal no governo de Ibaneis Rocha (MDB), assumiu o caso. Ele tem defendido que não há mais justificativa para a prisão preventiva. Um dos argumentos é que Anderson Torres não está mais no cargo, não oferece risco às investigações, tem endereço fixo e poderia ser monitorado por tornozeleira eletrônica.