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Temer se alia ao Congresso e torna vaquejada patrimônio cultural

Decisão mostra sintonia entre Temer e Congresso em oposição ao STF, que tinha decidido proibi-las

Vaquejada: publicação ainda não anula a decisão do STF, mas mostra alinhamento de Temer ao Congresso (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Vaquejada: publicação ainda não anula a decisão do STF, mas mostra alinhamento de Temer ao Congresso (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de novembro de 2016 às 11h38.

Brasília - O Diário Oficial desta quarta-feira, 30, traz a sanção da lei 13.364, que eleva a vaquejada e o rodeio à condição de manifestações da cultura nacional e patrimônio cultural imaterial.

A sanção do texto demonstra compatibilidade entre o governo e o Congresso, contra decisão do STF.

Em outubro, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que as vaquejadas estão proibidas em território nacional por considerar que a prática causa sofrimento ao animal.

A nova lei não altera a decisão do STF, mas demonstra que Michel Temer, que até então não havia se posicionado sobre o assunto, tende a ser também favorável à legalização da prática.

Para reverter a decisão do STF, tanto Câmara quanto Senado discutem Propostas de Emenda à Constituição que legalizem a vaquejada.

O tema está pronto para votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e recebeu parecer favorável do relator. Para ser promulgado, entretanto, é preciso ser aprovado pelos plenários das duas Casas.

Há forte empatia no Congresso pela legalização da vaquejada. A lei sancionada nesta quarta, que transforma a prática em patrimônio cultural, foi aprovada de forma relâmpago e simbólica pelo Senado, com amplo apoio dos parlamentares.

Entre os que defendem a prática, além do argumento cultural são postas também questões econômicas, como a cadeia de empregos gerada pelos eventos.

Já entre aqueles que são contrários à vaquejada, estão parlamentares mais ligados à causa animal ou que preferem acolher a decisão do Supremo.

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