Temer em dia de reforma: nove ministros assumem pastas
ÀS SETE - As mudanças foram conduzidas pelo presidente após saída dos ministros que pretendem disputar as eleições deste ano
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2018 às 06h55.
Última atualização em 10 de abril de 2018 às 07h18.
O governo do presidente Michel Temer anunciará uma troca por atacado no ministério, nesta terça-feira. Nove ministros devem tomar posse, em cerimônia marcada para as 15h no Palácio do Planalto.
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São eles: Eduardo Guardia (Fazenda), Rossieli Soares da Silva (Educação), Alberto Beltrame (Desenvolvimento Social), Marcos Jorge (Indústria, Comércio Exterior e Serviços), Esteves Colnago (Planejamento), Leandro Cruz Fróes da Silva (Esporte), Vinicius Lummertz (Turismo), Antônio de Pádua de Deus (Integração Nacional) e Moreira Franco (Minas e Energia).
A reforma ministerial foi conduzida por Temer em virtude da desincompatibilização, a necessária saída dos ministros que pretendem disputar as eleições deste ano.
Os escolhidos para os novos cargos reforçam uma dualidade do governo Temer: um misto de nomes técnicos e bem recebidos pelo mercado, como Eduardo Guardia na Fazenda, com indicações que não encontram muita explicação para além dos interesses políticos (e até pessoais).
O principal exemplo é o novo comandante do ministério de Minas e Energia, Moreira Franco,
um dos aliados mais próximos de Temer, que deixa a Secretaria-Geral da Presidência da República. O presidente ainda não definiu quem ocupará a pasta.
Outro nome que levantou dúvidas foi o de Dyogo Oliveira, que deixou o Ministério do Planejamento para assumir o BNDES, em anúncio que foi realizado ontem, no Rio de Janeiro.
A escolha de Moreira levou à renúncia do presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Luiz Barroso, nesta segunda-feira. Paulo Pedrosa, secretário executivo do ministério, já havia entregado o cargo semana passada.
Depois de cair 9% na sexta-feira, as ações da Eletrobras voltaram a cair ontem: as ordinárias despencaram mais 9,6%. A leitura é que a escolha de Moreira trouxe novas dúvidas sobre a privatização da companhia, uma das prioridades para o governo até o fim do mandato.
A dicotomia entre as boas práticas econômicas e o jeitão MDB de fazer política continuam dando o tom em Brasília.