Temer: Denúncias são tentativas de "esquartejamento político e moral"
Presidente afirmou que os inquéritos são prorrogados por "mais e mais tempo" na tentativa de alcançá-lo, mas que nunca houve provas de irregularidades
Agência Brasil
Publicado em 7 de junho de 2018 às 19h09.
Em entrevista exclusiva à TV Brasil, o presidente Michel Temer fez hoje (7) um forte desabafo sobre o bombardeio de denúncias que vem sofrendo há praticamente um ano.
Segundo Temer, o que estão tentando fazer é o "esquartejamento político e moral do presidente da República". "Não é um movimento investigativo; é político, para desmoralizar o governo", disse.
"Lamento ter de dizer que é violação dos direitos constitucionais. O tratamento que me dão é indigno. Estou sendo vilipendiado", completou em entrevista à jornalista Roseann Kennedy, no programa Nos Corredores do Poder.
O presidente afirmou que os inquéritos são prorrogados por "mais e mais tempo na tentativa de alcançar o presidente da República", mas que nunca houve provas de irregularidades.
"Vão buscar coisas já arquivadas, de 1998. Encontraram um documento não sei onde, de não sei quantos anos atrás e querem saber o que o Temer tem a ver com isso. O Brasil está neste tom. É insuportável. Mas isso não paralisa o governo não; pelo contrário", afirmou.
O presidente disse ainda que não tem preocupações com a quebra de seu sigilo bancário ou telefônico. "Não me incomodo; é indevido, mas não vou recorrer. Podem ver minhas modestíssimas contas bancárias. Tenho 50 anos ou mais de serviço e como patrimônio coisa mínima. Não tenho fazendas, empresa, casa de praia, casa de campo", enumerou. "É um displante, mas fiquem à vontade. Podem repastar-se. Mas isso não pode continuar assim", reclamou.
"Se me permitem uma expressão grosseira, digo que vão quebrar a cara [sobre pedido da Polícia Federal de quebra de sigilo telefônico, referente a 2014]. Podem olhar tudo; verifiquem com quem eu falei", desafiou.
O presidente lembrou que as coisas positivas feitas pelo governo costumam não ser atribuídas a ele. "A área economia caiu do céu? Não. Havia um presidente preocupado com a recuperação do país que trouxe essas pessoas para o governo", avaliou.
"Fizemos a reforma do ensino médio, criamos a maior reserva marinha do mundo, melhoramos a saúde; não foi só na economia que atuamos", completou.