STF terá que tomar decisão inédita sobre CPI, diz Renan
O governo já considera consumada a investigação parlamentar da Petrobras, mas quer incluir o suposto cartel de trens e metrôs
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2014 às 15h57.
Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira que o Supremo Tribunal Federal ( STF ) terá que tomar uma decisão inédita sobre a criação de CPIs no Congresso, depois que senadores governistas e de oposição ingressaram com mandados de segurança para impedir a criação de investigações na Casa.
"É um caso inédito até agora. O Supremo em nenhum momento tratou da criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com fatos múltiplos e se fatos múltiplos precisam ter nexo entre eles ou não. Essas coisas vão ter que ser decididas de maneira inédita pelo Supremo", disse Renan a jornalistas nesta terça.
Na semana passada, depois de manobras políticas sobre a criação de uma CPI para investigar exclusivamente denúncias relacionadas à Petrobras ou uma CPI sobre a estatal e um suposto cartel de trens e metrôs em São Paulo e no Distrito Federal, senadores governistas e de oposição ingressaram no STF com mandados de segurança pedindo liminares para impedir a instalação das investigações políticas que cada um dos lados propôs.
O governo já considera consumada a investigação parlamentar da Petrobras, mas quer incluir o suposto cartel de trens e metrôs, que podem envolver políticos do PSDB. Já a oposição quer uma CPI restrita sobre a Petrobras.
As ações jurídicas estão sendo analisadas pela ministra Rosa Weber, no STF. Renan afirmou que enviou explicações ao STF, como solicitado, e irá acrescentar mais detalhes nesta terça.
A disputa política foi parar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que decidiu pela criação da CPI mais ampla. O relatório aprovado na comissão será votado no plenário do Senado nesta terça.
Renan afirmou que colocará o relatório em votação independentemente da análise jurídica do Supremo. No entanto, uma decisão do STF contra a CPI ampla colocaria os dois Poderes em rota de colisão.
CPI mista
Além da votação sobre a CPI no Senado, Renan também afirmou que lerá os requerimentos de criação de CPIs mistas, entre Câmara e Senado, com os mesmos teores dos apresentados por senadores governistas e oposicionistas na sessão do Congresso marcada para esta terça.
"(Isso) vai seguir o procedimento regimental, vou ler os requerimentos e terá prazo até meia-noite para retirada de assinaturas", disse o presidente do Senado.
Ele afirmou ainda que, caso os pedidos sejam questionados, assim como ocorreu no Senado, responderá às questões de ordem e poderá inclusive levar a decisão para a CCJ do Senado, se achar que as questões de ordem que surgirem tiverem fatos novos.
Depois de lidos na sessão do Congresso, os requerimentos permitirão também a instalação de CPIs mistas para investigar a Petrobras e o suposto cartel de trens e metrôs de São Paulo e do Distrito Federal.
A criação de uma CPI para investigar a estatal pode causar dificuldades políticas à presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição. Por isso, o governo tenta usar o mesmo instrumento político para atingir a oposição.
Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira que o Supremo Tribunal Federal ( STF ) terá que tomar uma decisão inédita sobre a criação de CPIs no Congresso, depois que senadores governistas e de oposição ingressaram com mandados de segurança para impedir a criação de investigações na Casa.
"É um caso inédito até agora. O Supremo em nenhum momento tratou da criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com fatos múltiplos e se fatos múltiplos precisam ter nexo entre eles ou não. Essas coisas vão ter que ser decididas de maneira inédita pelo Supremo", disse Renan a jornalistas nesta terça.
Na semana passada, depois de manobras políticas sobre a criação de uma CPI para investigar exclusivamente denúncias relacionadas à Petrobras ou uma CPI sobre a estatal e um suposto cartel de trens e metrôs em São Paulo e no Distrito Federal, senadores governistas e de oposição ingressaram no STF com mandados de segurança pedindo liminares para impedir a instalação das investigações políticas que cada um dos lados propôs.
O governo já considera consumada a investigação parlamentar da Petrobras, mas quer incluir o suposto cartel de trens e metrôs, que podem envolver políticos do PSDB. Já a oposição quer uma CPI restrita sobre a Petrobras.
As ações jurídicas estão sendo analisadas pela ministra Rosa Weber, no STF. Renan afirmou que enviou explicações ao STF, como solicitado, e irá acrescentar mais detalhes nesta terça.
A disputa política foi parar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que decidiu pela criação da CPI mais ampla. O relatório aprovado na comissão será votado no plenário do Senado nesta terça.
Renan afirmou que colocará o relatório em votação independentemente da análise jurídica do Supremo. No entanto, uma decisão do STF contra a CPI ampla colocaria os dois Poderes em rota de colisão.
CPI mista
Além da votação sobre a CPI no Senado, Renan também afirmou que lerá os requerimentos de criação de CPIs mistas, entre Câmara e Senado, com os mesmos teores dos apresentados por senadores governistas e oposicionistas na sessão do Congresso marcada para esta terça.
"(Isso) vai seguir o procedimento regimental, vou ler os requerimentos e terá prazo até meia-noite para retirada de assinaturas", disse o presidente do Senado.
Ele afirmou ainda que, caso os pedidos sejam questionados, assim como ocorreu no Senado, responderá às questões de ordem e poderá inclusive levar a decisão para a CCJ do Senado, se achar que as questões de ordem que surgirem tiverem fatos novos.
Depois de lidos na sessão do Congresso, os requerimentos permitirão também a instalação de CPIs mistas para investigar a Petrobras e o suposto cartel de trens e metrôs de São Paulo e do Distrito Federal.
A criação de uma CPI para investigar a estatal pode causar dificuldades políticas à presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição. Por isso, o governo tenta usar o mesmo instrumento político para atingir a oposição.