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SP tem até 9 de fevereiro para divulgar cronograma da Linha 6

Linha do metrô está com obras paradas desde 2016 e deve atender 633 mil pessoas, ligando as regiões central e norte, passando por Perdizes

Metrô de São Paulo: embora o contrato tenha sido assinado em 2013, as obras de escavação foram iniciadas apenas em abril de 2015 e paradas no ano seguinte (Mauricio Simonetti/Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de novembro de 2019 às 14h49.

Última atualização em 13 de novembro de 2019 às 14h53.

São Paulo — O governo do estado de São Paulo tem até o dia 9 de fevereiro de 2020 para analisar a documentação e apresentar um cronograma das obras da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo, paradas desde setembro de 2016.

O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira, 13, durante visita do secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, ao canteiro de obras da linha, na Freguesia do Ó, na zona norte da capital.

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O contrato da implantação, manutenção e operação da linha foi comprado pela empresa espanhola Acciona do consórcio Move São Paulo, formado pela Odebrecht TransPort, a Queiroz Galvão e a UTC Engenharia, que havia vencido leilão público.

A gestão Doria recebeu o anúncio na sexta-feira passada, 8.

"Verificar a capacidade de operação e de compra por parte da Acciona, capacidade financeira de retomada e de conclusão de um cronograma físico e financeiro, por parte da empresa espanhola, e de todas as condições legais para que a gente possa anunciar um cronograma", disse Baldy.

A meta é concluir a aquisição, por parte da empresa Acciona perante a empresa Move São Paulo. "Para que definitivamente possa se dizer que todo o processo está concluído. Pode acontecer em qualquer prazo antes de 9 de fevereiro. É preciso dar anuência para que a transferência de posse seja feita para a empresa espanhola", afirmou o secretário.

Ao longo dessa etapa, o governo também irá verificar quais são os investimentos a mais necessários para a retomada e conclusão das obras.

"O interesse de quem entra para investir em um objeto de R$ 12 bilhões é que possa transportar o mais rapidamente mais de 650 mil passageiros diariamente, uma linha com 15 quilômetros de linha com 15 estações", disse Baldy.

Sobre propostas anteriores, o secretário disse que em outros momentos não houve conclusão de negociação, como aconteceu com a empresa espanhola.

Questionado sobre prazo de quatro anos para finalizar as obras, assim que forem retomadas, Baldy afirmou que é preciso ainda concluir a tramitação dos documentos legais. "O processo da aquisição deve ser definitivo para que possamos ter um cronograma de retomada e de prazo de toda a obra, por fases ou totalidade."

Baldy acompanhou a vistoria em uma das futuras estações da linha localizada na Freguesia do Ó. "O canteiro de obras está bem cuidado, os equipamentos - os famosos tatuzões - estão mantidos de forma adequada. A organização pode facilitar a retomada dos trabalhos. A empresa espanhola será responsável por avaliar a qualidade das estruturas que já foram feitas."

A subestação tem abastecimento de energia para que os dois tatuzões possam escavar as linhas nos dois sentidos ao mesmo tempo.

Na vistoria, também foi possível visitar os galpões onde eles estão armazenados, ainda desmontados, e também o buraco de 30 metros de profundidade, onde serão usados para construir o túnel para passar o trem do metrô que ligará as zonas norte e central.

Para tranquilizar quem mora nos arredores das futuras estações, o secretário disse que os trabalhos serão feitos com todas as medidas de segurança. "Nosso objetivo é oferecer uma nova linha do metrô interligando a zona norte e ao centro."

A Linha 6-Laranja

A linha abrange as seguintes estações: São Joaquim, Bela Vista, 14 Bis, Higienópolis-Mackenzie, Angélica-Pacaembu, PUC-Cardoso de Almeida, Perdizes, Sesc Pompeia, Água Branca, Santa Marina, Freguesia do Ó, João Paulo I, Itaberaba, Vila Cardoso e Brasilândia.

Embora o contrato tenha sido assinado em 2013, as obras de escavação foram iniciadas apenas em abril de 2015 e paradas no ano seguinte. Desde então, o consórcio faz atividades de segurança, limpeza e afins dos espaços.

A obra inclui 15,3 quilômetros de linha, que abarca 15 estações, totalmente subterrâneas.

O custo anunciado em 2013 era de R$ 8,9 bilhões, divididos entre Estado e concessionária. O governo ainda teve custo de R$ 1,7 bilhão, principalmente para desapropriações.

A primeira estação que começou a ser construída foi da Freguesia do Ó, em 2015, com previsão de entrega prevista no ano seguinte.

Segundo estimativas de 2013, a linha deve atender 633 mil pessoas diariamente, com trajeto completo de 23 minutos, ligando as regiões central e norte.

Ela teria integração com duas linhas de Metrô (Linhas 1-Azul e 4-Amarela) e outras duas da CPTM (Linhas 7-Rubi e 8-Diamante), ganhando o apelido de "linha das universidades", por passar pelo entorno de instituições como PUC-SP, UNIP, FAAP, Mackenzie e FMU.

O caso da desistência do consórcio Move São Paulo, em específico esteve mais relacionado com o envolvimento das integrantes com a Operação Lava Jato, o que teria dificultado que elas obtivessem crédito.

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