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Secretário de Direitos Humanos vê retrocesso na democracia

No Congresso da Argentina, Sottili destacou que há "um movimento de oposição muito forte dentro do Congresso para desestabilizar o governo de Dilma"

Sottili: "Temos um Congresso altamente conservador, que vem atacando os direitos humanos e os direitos conquistados nos últimos 20 anos" (Wilsom Dias / Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2016 às 20h04.

Buenos Aires - O secretário especial de Direitos Humanos do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Rogério Sottili, afirmou nesta quarta-feira, em Buenos Aires, que a democracia no Brasil está retrocedendo devido ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Em entrevista coletiva no Congresso da Argentina, Sottili destacou que há "um movimento de oposição muito forte dentro do Congresso (brasileiro) para desestabilizar o governo de Dilma".

"Temos hoje um Congresso altamente conservador, que vem atacando os direitos humanos e os direitos conquistados nos últimos 20 anos", ressaltou o secretário especial.

"O processo de impeachment não tem a menor base legal, por isso o classificamos como golpe", disse Sottili sobre o processo, que está sendo analisado pelo Senado após passar pela Câmara dos Deputados.

Para o secretário especial de Direitos Humanos, as mobilizações espontâneas contra o impeachment estão crescendo e podem "sensibilizar" os senadores, que na próxima semana votarão se admitem o processo já aprovado pelos deputados.

"É fundamental resguardar a democracia. Não se trata aqui de defender um governo, mas de defender a democracia", afirmou Sottili, destacando que o que ocorre no país é importante não só para o Brasil, mas para toda a América do Sul.

"O que estamos vendo hoje no Brasil já é suficiente para preocupar todos os países da região. A democracia é muito recente no Brasil e agora está havendo um retrocesso na democracia. Se o impeachment se configurar, isso não será exemplo para ninguém", alertou o secretário especial.

Sottili viajou para Buenos Aires para participar de reuniões sobre a organização do Fórum Mundial de Direitos Humanos, que será realizado na Argentina no próximo ano.

Aproveitando sua visita à capital argentina, deputados da Frente para a Vitória (FpV), coalizão da ex-presidente do país, Cristina Kirchner, convidaram o secretário especial de Direitos Humanos para falar sobre a situação política do Brasil no Congresso.

O deputado Remo Carlotto, da FpV, em uma reunião da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados da Argentina, propôs uma moção contra à tentativa de golpe de Estado no Brasil, uma medida que foi rejeitada pelo governo do país.

Organizações sociais, políticas e acadêmicas da Argentina formaram o Fórum Argentino pela Democracia no Brasil, que planeja emitir uma declaração de repúdio ao impeachment de Dilma.

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Buenos Aires - O secretário especial de Direitos Humanos do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Rogério Sottili, afirmou nesta quarta-feira, em Buenos Aires, que a democracia no Brasil está retrocedendo devido ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Em entrevista coletiva no Congresso da Argentina, Sottili destacou que há "um movimento de oposição muito forte dentro do Congresso (brasileiro) para desestabilizar o governo de Dilma".

"Temos hoje um Congresso altamente conservador, que vem atacando os direitos humanos e os direitos conquistados nos últimos 20 anos", ressaltou o secretário especial.

"O processo de impeachment não tem a menor base legal, por isso o classificamos como golpe", disse Sottili sobre o processo, que está sendo analisado pelo Senado após passar pela Câmara dos Deputados.

Para o secretário especial de Direitos Humanos, as mobilizações espontâneas contra o impeachment estão crescendo e podem "sensibilizar" os senadores, que na próxima semana votarão se admitem o processo já aprovado pelos deputados.

"É fundamental resguardar a democracia. Não se trata aqui de defender um governo, mas de defender a democracia", afirmou Sottili, destacando que o que ocorre no país é importante não só para o Brasil, mas para toda a América do Sul.

"O que estamos vendo hoje no Brasil já é suficiente para preocupar todos os países da região. A democracia é muito recente no Brasil e agora está havendo um retrocesso na democracia. Se o impeachment se configurar, isso não será exemplo para ninguém", alertou o secretário especial.

Sottili viajou para Buenos Aires para participar de reuniões sobre a organização do Fórum Mundial de Direitos Humanos, que será realizado na Argentina no próximo ano.

Aproveitando sua visita à capital argentina, deputados da Frente para a Vitória (FpV), coalizão da ex-presidente do país, Cristina Kirchner, convidaram o secretário especial de Direitos Humanos para falar sobre a situação política do Brasil no Congresso.

O deputado Remo Carlotto, da FpV, em uma reunião da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados da Argentina, propôs uma moção contra à tentativa de golpe de Estado no Brasil, uma medida que foi rejeitada pelo governo do país.

Organizações sociais, políticas e acadêmicas da Argentina formaram o Fórum Argentino pela Democracia no Brasil, que planeja emitir uma declaração de repúdio ao impeachment de Dilma.

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