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Secovi teria deixado vazar informações a fiscais de ISS

Escutas gravadas na sala onde os fiscais se reuniam revelam que os auditores haviam sido informados da investigação pelo sindicato

Telefone fixo: segundo o promotor responsável pelo caso, "toda a investigação foi colocada em risco por esse vazamento" (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 08h46.

São Paulo - O Ministério Público Estadual vai apurar o suposto vazamento de informações - por parte do Sindicato da Habitação (Secovi) - sobre a investigação que resultou na prisão da quadrilha que fraudava o Imposto sobre Serviços (ISS). Escutas ambientais gravadas com autorização da Justiça na sala onde os fiscais se reuniam, no centro, revelam que os auditores haviam sido informados da investigação pelo sindicato.

O promotor Roberto Bodini, responsável pela investigação, afirma que recebeu "alguns recados" de que o Secovi pretende procurar o Ministério Público para comentar o assunto. O promotor pretende ouvir essas pessoas antes de decidir se algum representante de entidade poderá ser responsabilizado. "Alguém que tinha conhecimento da minha investigação levou os fatos para dentro da organização. E o Secovi é mencionado", afirmou Bodini.

O promotor disse que não tem informações de que o Secovi tenha praticado crimes. "O que tenho, e isso está nos autos (da investigação), é que fiz uma reunião com o Secovi e detalhei algumas coisas sobre a investigação. Posteriormente, há a gravação ambiental do Eduardo (Horle) Barcellos (um dos acusados), procurando o Ronilson (Bezerra Rodrigues, apontado como líder do esquema) e dizendo que havia sido procurado pelo Secovi, que era para eles ficarem quietos de um lado que o Secovi ficaria quieto de outro. Esse é o fato", relatou.

Bodini afirmou que o setor representado pelo sindicado se diz vítima da situação e afirma que, se não pagasse, não conseguiria trabalhar, "mas essa vítima ainda não nos procurou, salvo algumas exceções". "Toda a investigação foi colocada em risco por esse vazamento."

Em nota enviada ontem, o Secovi afirmou ser "inverídica" a informação sobre o envolvimento de diretores da entidade com Barcellos. "A diretoria do sindicato solicitará às autoridades constituídas apuração quanto à referida gravação, a fim de imputar responsabilidade criminal a quem falou em seu nome sem autorização, com os objetivos, no nosso entender, de tumultuar as investigações e impedir a necessária apuração dos fatos. Tais manobras são totalmente inadmissíveis", diz a nota.

No texto, o sindicato afirma que está colaborando com as investigações, mas reconhece que havia sido procurado pelo Ministério Público antes de a operação que resultou na prisão dos fiscais ser deflagrada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O promotor Roberto Bodini, responsável pela investigação, afirma que recebeu "alguns recados" de que o Secovi pretende procurar o Ministério Público para comentar o assunto. O promotor pretende ouvir essas pessoas antes de decidir se algum representante de entidade poderá ser responsabilizado. "Alguém que tinha conhecimento da minha investigação levou os fatos para dentro da organização. E o Secovi é mencionado", afirmou Bodini.

O promotor disse que não tem informações de que o Secovi tenha praticado crimes. "O que tenho, e isso está nos autos (da investigação), é que fiz uma reunião com o Secovi e detalhei algumas coisas sobre a investigação. Posteriormente, há a gravação ambiental do Eduardo (Horle) Barcellos (um dos acusados), procurando o Ronilson (Bezerra Rodrigues, apontado como líder do esquema) e dizendo que havia sido procurado pelo Secovi, que era para eles ficarem quietos de um lado que o Secovi ficaria quieto de outro. Esse é o fato", relatou.

Bodini afirmou que o setor representado pelo sindicado se diz vítima da situação e afirma que, se não pagasse, não conseguiria trabalhar, "mas essa vítima ainda não nos procurou, salvo algumas exceções". "Toda a investigação foi colocada em risco por esse vazamento."

Em nota enviada ontem, o Secovi afirmou ser "inverídica" a informação sobre o envolvimento de diretores da entidade com Barcellos. "A diretoria do sindicato solicitará às autoridades constituídas apuração quanto à referida gravação, a fim de imputar responsabilidade criminal a quem falou em seu nome sem autorização, com os objetivos, no nosso entender, de tumultuar as investigações e impedir a necessária apuração dos fatos. Tais manobras são totalmente inadmissíveis", diz a nota.

No texto, o sindicato afirma que está colaborando com as investigações, mas reconhece que havia sido procurado pelo Ministério Público antes de a operação que resultou na prisão dos fiscais ser deflagrada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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