São Paulo é metrópole com mais moradores de favelas do Brasil, segundo o IBGE
Região metropolitana tem 2 milhões pessoas, o equivalente a 11% da população, vivendo favelas e outros assentamentos irregulares
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2011 às 14h40.
São Paulo - A região metropolitana de São Paulo é a área com maior número de pessoas vivendo em favelas do Brasil, segundo dados do censo de 2010 divulgados pelo IBGE.
Segundo o estudo que mapeia os “aglomerados subnormais” - assentamentos irregulares conhecidos como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, entre outros – no país, São Paulo tem mais de 2 milhões pessoas vivendo nestas áreas.
Apesar de ter o maior número absoluto de moradores ocupando favelas, a área metropolitana, com seus 19 milhões de habitantes, registra uma taxa de 11% da população vivendo em aglomerados subnormais – bem abaixo de metrópoles como Belém, que tem mais da metade da população (53,9%) vivendo nessas áreas, Salvador (26,1%), São Luís (24,5%) e Recife (23,2%).
Segundo Claudio Stenner, gerente de regionalização do IBGE, é importante chamar atenção para a desigualdade na distribuição destes aglomerados. “A concentração é muito grande em alguns locais, que devem ser observados com atenção”, destaca.
O pesquisador também ressalta a necessidade de olhar para diversidade dos tipos de aglomerados existentes no país. “Tem áreas muito densas, como as favelas de Rio e São Paulo, com as quais estamos acostumados, mas há também alguns terrenos muito pequenos e difusos”, aponta.
“O conhecimento dessa diversidade é fundamental, porque as demandas e as políticas publicas necessárias variam muito de acordo com as características de cada local”, enfatiza.
De acordo com dados coletados, o país possuía, na época, 6.329 aglomerados subnormais, localizados em 323 dos 5.565 municípios brasileiros. Nestas áreas, foram mapeados 3,2 milhões de domicílios, a maioria (88,6%) concentrados em vinte regiões metropolitanas. Veja quais são elas:
Região metropolitana | População residente em aglomerados subnormais | Proporção em relação à população total |
---|---|---|
São Paulo | 2.162.368 | 11% |
Rio de Janeiro | 1.702.073 | 14,4% |
Belém | 1.131.368 | 53,9% |
Salvador | 931.662 | 26,1% |
Recife | 852.700 | 23,2% |
Belo Horizonte | 489.281 | 9,1% |
Fortaleza | 430.207 | 11,9% |
Grande São Luís | 325.139 | 24,5% |
Manaus | 315.415 | 15% |
Baixada Santista | 287.191 | 17,9% |
Porto Alegre | 242.784 | 6,2% |
Curitiba | 181.247 | 5,7% |
Grande Vitória | 178.209 | 10,6% |
Campinas | 160.670 | 5,8% |
Grande Teresina | 154.385 | 13,4% |
Distrito Federal e entorno | 137.072 | 3,7% |
Maceió | 121.920 | 10,6% |
João Pessoa | 101.888 | 8,5% |
Aracaju | 82.208 | 9,8% |
Natal | 80.774 | 6% |
São Paulo - A região metropolitana de São Paulo é a área com maior número de pessoas vivendo em favelas do Brasil, segundo dados do censo de 2010 divulgados pelo IBGE.
Segundo o estudo que mapeia os “aglomerados subnormais” - assentamentos irregulares conhecidos como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, entre outros – no país, São Paulo tem mais de 2 milhões pessoas vivendo nestas áreas.
Apesar de ter o maior número absoluto de moradores ocupando favelas, a área metropolitana, com seus 19 milhões de habitantes, registra uma taxa de 11% da população vivendo em aglomerados subnormais – bem abaixo de metrópoles como Belém, que tem mais da metade da população (53,9%) vivendo nessas áreas, Salvador (26,1%), São Luís (24,5%) e Recife (23,2%).
Segundo Claudio Stenner, gerente de regionalização do IBGE, é importante chamar atenção para a desigualdade na distribuição destes aglomerados. “A concentração é muito grande em alguns locais, que devem ser observados com atenção”, destaca.
O pesquisador também ressalta a necessidade de olhar para diversidade dos tipos de aglomerados existentes no país. “Tem áreas muito densas, como as favelas de Rio e São Paulo, com as quais estamos acostumados, mas há também alguns terrenos muito pequenos e difusos”, aponta.
“O conhecimento dessa diversidade é fundamental, porque as demandas e as políticas publicas necessárias variam muito de acordo com as características de cada local”, enfatiza.
De acordo com dados coletados, o país possuía, na época, 6.329 aglomerados subnormais, localizados em 323 dos 5.565 municípios brasileiros. Nestas áreas, foram mapeados 3,2 milhões de domicílios, a maioria (88,6%) concentrados em vinte regiões metropolitanas. Veja quais são elas:
Região metropolitana | População residente em aglomerados subnormais | Proporção em relação à população total |
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São Paulo | 2.162.368 | 11% |
Rio de Janeiro | 1.702.073 | 14,4% |
Belém | 1.131.368 | 53,9% |
Salvador | 931.662 | 26,1% |
Recife | 852.700 | 23,2% |
Belo Horizonte | 489.281 | 9,1% |
Fortaleza | 430.207 | 11,9% |
Grande São Luís | 325.139 | 24,5% |
Manaus | 315.415 | 15% |
Baixada Santista | 287.191 | 17,9% |
Porto Alegre | 242.784 | 6,2% |
Curitiba | 181.247 | 5,7% |
Grande Vitória | 178.209 | 10,6% |
Campinas | 160.670 | 5,8% |
Grande Teresina | 154.385 | 13,4% |
Distrito Federal e entorno | 137.072 | 3,7% |
Maceió | 121.920 | 10,6% |
João Pessoa | 101.888 | 8,5% |
Aracaju | 82.208 | 9,8% |
Natal | 80.774 | 6% |