Sabesp fará reuniões com MTST para discutir falta de água
Durante reunião, diz Josué Rocha, do MTST, a empresa se comprometeu a construir um “canal de diálogo permanente nas regiões oeste, sul e leste da capital"
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2014 às 21h55.
São Paulo - Após protesto contra a falta de água e uma reunião de quase duas horas com diretores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ), os integrantes do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) conseguiram abrir um canal de diálogo permanente com a empresa.
Segundo Josué Rocha, do MTST, uma comissão do movimento foi recebida no final da tarde de hoje (25) por diretores da Sabesp e, durante a reunião, a empresa se comprometeu a construir um “canal de diálogo permanente nas regiões oeste, sul e leste da capital” para discutir os problemas de abastecimento de água em diversos bairros de São Paulo.
A primeira reunião, segundo Rocha, foi agendada para o dia 7 de outubro. Até este momento, a empresa não confirmou o resultado da reunião.
“Essas regiões vão apresentar suas reivindicações, em que bairros estão faltando água e vamos cobrar solução em cada caso”, disse Rocha, após a reunião.
Entre as regiões afetadas, disse Rocha, estão a de Taboão da Serra [na Grande São Paulo), Paraisópolis e Jardim Colombo, Jardim Angela, Grajaú, Varginha, Cidade Tiradentes, Guaianazes e Itaquera.
Segundo Rocha, os diretores informaram ao MTST que o problema de falta de água em alguns bairros da capital decorre “das modificações que estão fazendo na pressão de água e que, por isso, em alguns momentos do dia, não há água, mas sabemos que isso é o racionamento”, disse Rocha.
Os integrantes do MTST reclamam que o “racionamento está acontecendo de maneira seletiva”, afetando principalmente os bairros mais pobres da periferia da capital paulista.
Após a reunião, os integrantes do MTST saíram em caminhada da sede da Sabesp até a Marginal Pinheiros, interditando a pista local, sentido Castello Branco.
Depois, eles retornaram para o Largo da Batata, onde o protesto de hoje teve início.
O ato reuniu, segundo a organização do movimento, e também segundo a Polícia Militar, cerca de 5 mil pessoas e transcorre de forma pacífica.