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Rumor sobre morte de Youssef causa alvoroço nas eleições

Alberto Youssef foi internado ontem em um hospital de Curitiba após sofrer uma síncope, informou a Polícia Federal (PF)

Instalação da CPI mista da Petrobras: Alberto Youssef é um dos principais delatores do esquema de corrupção na estatal (Pedro França/Agência Senado)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2014 às 15h31.

São Paulo - Rumores divulgados nas redes sociais e negados pelas autoridades brasileiras sobre a suposta morte do doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores do esquema de corrupção na Petrobras , causaram um alvoroço no país neste domingo, dia das eleições presidenciais.

Youssef, acusado de administrar recursos desviados de contratos da companhia petrolífera para beneficiar partidos políticos, principalmente aliados da presidente Dilma Rousseff, foi internado ontem em um hospital de Curitiba após sofrer uma síncope, informou a Polícia Federal (PF).

A hospitalização motivou a divulgação de uma série de rumores nas redes sociais, entre eles, de que o doleiro teria sido envenenado para que não pudesse dar mais detalhes sobre a rede de corrupção instalada na Petrobras.

A campanha de Aécio Neves, candidato do PSDB, inicialmente endossou os rumores e exigiu em comunicado informações sobre a saúde de Youssef.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, qualificou como "profundamente deplorável" a falsa informação da morte de Youssef para tentar induzir o eleitor.

O outro delator do esquema, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que também presta depoimentos em troca de redução da pena, cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro.

Na sexta-feira passada, a revista "Veja" publicou trechos de uma suposta declaração de Youssef à Justiça, na qual o doleiro afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma sabiam da existência da rede de corrupção na Petrobras.

A notícia foi citada no último dia da propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão por ambos os candidatos. Eles também discutiram o assunto no último debate televisivo, realizado pela "Rede Globo".

A Justiça decidiu analisar se os rumores sobre a morte do empresário podem ser considerados como crime eleitoral por surgir durante o dia do pleito.

Segundo comunicado da PF, o empresário foi transferido para o hospital após se sentir indisposto em decorrência de "uma forte queda da pressão arterial causada pelo uso de medicação no tratamento de uma doença cardíaca crônica".

Em boletim médico, o Hospital de Santa Cruz de Curitiba afirmou que Youssef deu entrada na UTI Coronariana às 16h20 de ontem, apresentando um "quadro clínico estável" e "sinais de desidratação".

"Na avaliação inicial o paciente não apresentava sinais de intoxicação exógena e/ou medicamentosa e quadro cardiológico estável. Até o momento, apresenta exames laboratoriais e outros exames complementares dentro da normalidade", informou o hospital em nota divulgada em seu site.

A filha do doleiro, Kemelly Caroline Youssef, disse que seu pai está bem, negando a morte.

Desde sua entrada na prisão, em março, Youssef foi atendido três vezes pelos médicos.

De acordo com a Polícia Federal, como apresenta bom estado e caso não haja nenhuma novidade sobre sua saúde no hospital, o doleiro será levado em breve de volta à prisão.

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São Paulo - Rumores divulgados nas redes sociais e negados pelas autoridades brasileiras sobre a suposta morte do doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores do esquema de corrupção na Petrobras , causaram um alvoroço no país neste domingo, dia das eleições presidenciais.

Youssef, acusado de administrar recursos desviados de contratos da companhia petrolífera para beneficiar partidos políticos, principalmente aliados da presidente Dilma Rousseff, foi internado ontem em um hospital de Curitiba após sofrer uma síncope, informou a Polícia Federal (PF).

A hospitalização motivou a divulgação de uma série de rumores nas redes sociais, entre eles, de que o doleiro teria sido envenenado para que não pudesse dar mais detalhes sobre a rede de corrupção instalada na Petrobras.

A campanha de Aécio Neves, candidato do PSDB, inicialmente endossou os rumores e exigiu em comunicado informações sobre a saúde de Youssef.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, qualificou como "profundamente deplorável" a falsa informação da morte de Youssef para tentar induzir o eleitor.

O outro delator do esquema, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que também presta depoimentos em troca de redução da pena, cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro.

Na sexta-feira passada, a revista "Veja" publicou trechos de uma suposta declaração de Youssef à Justiça, na qual o doleiro afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma sabiam da existência da rede de corrupção na Petrobras.

A notícia foi citada no último dia da propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão por ambos os candidatos. Eles também discutiram o assunto no último debate televisivo, realizado pela "Rede Globo".

A Justiça decidiu analisar se os rumores sobre a morte do empresário podem ser considerados como crime eleitoral por surgir durante o dia do pleito.

Segundo comunicado da PF, o empresário foi transferido para o hospital após se sentir indisposto em decorrência de "uma forte queda da pressão arterial causada pelo uso de medicação no tratamento de uma doença cardíaca crônica".

Em boletim médico, o Hospital de Santa Cruz de Curitiba afirmou que Youssef deu entrada na UTI Coronariana às 16h20 de ontem, apresentando um "quadro clínico estável" e "sinais de desidratação".

"Na avaliação inicial o paciente não apresentava sinais de intoxicação exógena e/ou medicamentosa e quadro cardiológico estável. Até o momento, apresenta exames laboratoriais e outros exames complementares dentro da normalidade", informou o hospital em nota divulgada em seu site.

A filha do doleiro, Kemelly Caroline Youssef, disse que seu pai está bem, negando a morte.

Desde sua entrada na prisão, em março, Youssef foi atendido três vezes pelos médicos.

De acordo com a Polícia Federal, como apresenta bom estado e caso não haja nenhuma novidade sobre sua saúde no hospital, o doleiro será levado em breve de volta à prisão.

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