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Rio volta a aplicar 1ª dose nesta sexta, mas incerteza continua

Postos vão atender mulheres de 24 anos pela manhã, e homens da mesma faixa etária à tarde

Vacinação: a capital fluminense mantém um calendário próprio de vacinação, enquanto o Estado do Rio de Janeiro segue as recomendações do Plano Nacional de Imunização. (Rovena Rosa/Agência Brasil)
AO

Agência O Globo

Publicado em 13 de agosto de 2021 às 08h04.

Última atualização em 13 de agosto de 2021 às 08h10.

Após a suspensão por dois dias da aplicação de primeiras doses, a Prefeitura do Rio retoma nesta sexta-feira o calendário. Os postos vão atender mulheres de 24 anos pela manhã e homens da mesma idade à tarde. Amanhã, será a vez de quem tem 23 anos. A volta do cronograma foi garantida pela chegada ontem de 92.120 unidades de CoronaVac e 58.512 da Pfizer. A segunda dose agendada e a repescagem para pessoas com mais de 45 anos, grávidas, lactantes e mulheres que tiveram bebê há até 45 dias estão mantidas.

Com a interrupção, o calendário de vacinação ficou defasado. O município não divulgou a agenda para a próxima semana porque depende do recebimento de novos lotes enviados pelo Ministério da Saúde. A expectativa é que remessas cheguem até domingo. As 150.632 doses da capital fazem parte de um carregamento 390.650 unidades recebidas pelo Estado do Rio.

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Promessa de mais doses

Pelo Twitter, o prefeito Eduardo Paes confirmou, na manhã de ontem, a retomada da primeira dose. Ele fez um novo apelo ao Ministério da Saúde pelo envio de mais vacinas, já que o governo federal teria 11 milhões de doses em estoque. Só hoje são esperadas 68 mil pessoas com 24 anos nos postos da capital.

A inconstância dos repasses de vacina tem prejudicado o planejamento da prefeitura, que já foi obrigada a suspender o calendário outras vezes. No último sábado, os postos abriram com duas horas de atraso após o recebimento das vacinas na noite de sexta-feira, remessa antes prevista para chegar ao estado na quinta-feira. A prefeitura e o governo do estado têm pedido ao Ministério da Saúde mais doses para enfrentar o avanço da Delta, variante do coronavírus mais transmissível.

Na semana passada, o ministro Marcelo Queiroga prometeu aumentar em 5% a parte que cabe ao Rio, o que ainda não aconteceu.

Boletim do Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que o Estado do Rio apresenta um forte crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a maioria deles confirmados como Covid-19, o que não acontecia desde março. Isso já reflete na ocupação de leitos.

Nesta quinta-feira, a cidade do Rio estava com 91% das vagas em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) ocupadas, e havia 57 pessoas na fila à espera de internação. A prefeitura do Rio também apresentou na semana passada um levantamento mostrando que 95% dos pacientes internados na capital não tinham tomado sequer a primeira dose.

Por meio de suas redes sociais, Paes fez um apelo ao governador de São Paulo, João Doria, para que fossem enviadas vacinas da CoronaVac — produzida pelo Instituto Butantan no estado — sem que a remessa passasse pelo Ministério da Saúde por meio do Plano Nacional de Imunizações (PNI). Doria também foi para as redes responder a Paes, destacando na mensagem que tem havido demora para o repasse da produção aos estados brasileiros. O governador de São Paulo ainda apontou que São Paulo, apesar da compra de doses extras de CoronaVac, vindas da China, também enfrentou falta de vacina.

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