Relatores defendem cassação de Demóstenes por "ferir" ética
Os senadores decidem nesta quarta-feira, por voto secreto, se cassam o mandato e os direitos políticos do senador
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2012 às 13h26.
Brasília - Relatores do caso de Demóstenes Torres (sem partido-GO) defenderam a cassação do senador nesta quarta-feira e afirmaram que o colega teve conduta incompatível com seu mandato, "ferindo de morte" a dignidade do cargo e a ética.
Os senadores decidem nesta quarta-feira, por voto secreto, se cassam o mandato e os direitos políticos de Demóstenes, suspeito de envolvimento com Carlinhos Cachoeira , preso desde fevereiro acusado de chefiar uma rede de jogos ilegais.
O senador Humberto Costa (PT-PE), relator do caso no Conselho de Ética e primeiro a falar a um plenário cheio --78 senadores já haviam registrado presença até as 11h --, afirmou que o senador cometeu irregularidades "graves" e pediu aos colegas que não se deixem levar pelo "corporativismo" na votação desta quarta-feira.
"O senador praticou irregularidades graves no desempenho de seu mandato", disse. "Abusou de prerrogativas asseguradas a membros do Congresso Nacional", declarou.
O senador Pedro Taques (PDT-MT), que relatou o caso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, usou seu discurso para ressaltar que o rito legal foi respeitado e que Demóstenes teve ampla chance de defesa durante o processo.
"O senador adotou conduta incompatível com o decoro parlamentar, ferindo de morte a dignidade do cargo e a ética que se impõe", afirmou.
Enquanto os relatores discursavam, Demóstenes permaneceu no plenário, sentado ao lado de seu advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro.
Denúncias com base em interceptações telefônicas da Polícia Federal sugerem que Demóstenes teria usado sua influência e poder como senador para favorecer o suposto contraventor. Há suspeitas de que o senador teria vazado informações sigilosas sobre operações policiais a Cachoeira.
Questionado sobre isso quando o processo por quebra de decoro ainda tramitava no Conselho de Ética do Senado, Demóstenes afirmou que estava "jogando verde" com Cachoeira, para saber se o amigo ainda estava envolvido com a contravenção.
"Essa é uma ação temerária, e que não corresponde com o exercício do mandato parlamentar", afirmou Costa.
Na ocasião, o senador admitiu ainda ter utilizado um aparelho de telefone e rádio fornecido por Cachoeira para manter contato com Demóstenes.
Logo no início da sessão, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), lembrou os senadores que o voto é secreto e "assim deve permanecer".
Brasília - Relatores do caso de Demóstenes Torres (sem partido-GO) defenderam a cassação do senador nesta quarta-feira e afirmaram que o colega teve conduta incompatível com seu mandato, "ferindo de morte" a dignidade do cargo e a ética.
Os senadores decidem nesta quarta-feira, por voto secreto, se cassam o mandato e os direitos políticos de Demóstenes, suspeito de envolvimento com Carlinhos Cachoeira , preso desde fevereiro acusado de chefiar uma rede de jogos ilegais.
O senador Humberto Costa (PT-PE), relator do caso no Conselho de Ética e primeiro a falar a um plenário cheio --78 senadores já haviam registrado presença até as 11h --, afirmou que o senador cometeu irregularidades "graves" e pediu aos colegas que não se deixem levar pelo "corporativismo" na votação desta quarta-feira.
"O senador praticou irregularidades graves no desempenho de seu mandato", disse. "Abusou de prerrogativas asseguradas a membros do Congresso Nacional", declarou.
O senador Pedro Taques (PDT-MT), que relatou o caso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, usou seu discurso para ressaltar que o rito legal foi respeitado e que Demóstenes teve ampla chance de defesa durante o processo.
"O senador adotou conduta incompatível com o decoro parlamentar, ferindo de morte a dignidade do cargo e a ética que se impõe", afirmou.
Enquanto os relatores discursavam, Demóstenes permaneceu no plenário, sentado ao lado de seu advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro.
Denúncias com base em interceptações telefônicas da Polícia Federal sugerem que Demóstenes teria usado sua influência e poder como senador para favorecer o suposto contraventor. Há suspeitas de que o senador teria vazado informações sigilosas sobre operações policiais a Cachoeira.
Questionado sobre isso quando o processo por quebra de decoro ainda tramitava no Conselho de Ética do Senado, Demóstenes afirmou que estava "jogando verde" com Cachoeira, para saber se o amigo ainda estava envolvido com a contravenção.
"Essa é uma ação temerária, e que não corresponde com o exercício do mandato parlamentar", afirmou Costa.
Na ocasião, o senador admitiu ainda ter utilizado um aparelho de telefone e rádio fornecido por Cachoeira para manter contato com Demóstenes.
Logo no início da sessão, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), lembrou os senadores que o voto é secreto e "assim deve permanecer".