Receita e PF lançam operação por suposta fraude bilionária
Operação deflagrada hoje visa desarticular organização suspeita de manipulação bilionária de julgamentos em órgão do Ministério da Fazenda
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2015 às 16h36.
Brasília - A Receita Federal , a Polícia Federal , o Ministério Público Federal e a Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda deflagraram nesta quinta-feira uma operação visando desarticular organização suspeita de manipulação bilionária de julgamentos de processos junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda.
De acordo com o delegado da Polícia Federal Marlon Cajado, as empresas subornavam conselheiros e servidores do Carf responsáveis pelos julgamentos de processos tributários em troca de veredictos favoráveis que reduziam ou eliminavam os valores devidos.
A polícia informou que 70 empresas estão sendo investigadas, mas não identificou as companhias envolvidas. Integrantes do Carf, consultores tributários e advogados suspeitos de atuarem como intermediários mediante recebimento de propina também estão sendo investigados.
Até o momento, os investigadores já detectaram decisões suspeitas que "reduziram ou extinguiram cerca de 5 bilhões de reais do montante de créditos tributários lançados pela fiscalização da Receita", de acordo com nota oficial.
O valor total atualizado pode chegar a 19 bilhões de reais, segundo as autoridades.
De acordo com nota divulgada pela Receita, a Justiça Federal expediu 41 mandados de busca e apreensão e decretou o sequestro dos bens e bloqueio dos recursos financeiros de envolvidos na investigação como parte da Operação Zelotes em São Paulo, Ceará e Distrito Federal. Foram apreendidos documentos e 1,3 milhão de reais em espécie, mas não houve prisões, de acordo com Cajado.
Segundo o delegado da PF, as empresas pagavam propina de até 10 por cento para "manipular" veredictos em processos de casos que envolvem dívidas tributárias de entre 1 bilhão e 3 bilhões de reais.
Cajado afirmou que entre as empresas investigadas incluem bancos e empresas dos setores industrial, automotriz, agricultura e construção civil. A Receita informou que as investigações começaram em 2013 e "apontam para a existência de fortes indícios de que tenham sido cometidos crimes de advocacia administrativa, tráfico de influência, corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro".
O caso de fraude fiscal pode piorar o cenário político para o governo, num momento em que a popularidade da presidente Dilma Rousseff despencou devido a um escândalo bilionário de corrupção na Petrobras e a problemas econômicos enfrentados pelo país.
Brasília - A Receita Federal , a Polícia Federal , o Ministério Público Federal e a Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda deflagraram nesta quinta-feira uma operação visando desarticular organização suspeita de manipulação bilionária de julgamentos de processos junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda.
De acordo com o delegado da Polícia Federal Marlon Cajado, as empresas subornavam conselheiros e servidores do Carf responsáveis pelos julgamentos de processos tributários em troca de veredictos favoráveis que reduziam ou eliminavam os valores devidos.
A polícia informou que 70 empresas estão sendo investigadas, mas não identificou as companhias envolvidas. Integrantes do Carf, consultores tributários e advogados suspeitos de atuarem como intermediários mediante recebimento de propina também estão sendo investigados.
Até o momento, os investigadores já detectaram decisões suspeitas que "reduziram ou extinguiram cerca de 5 bilhões de reais do montante de créditos tributários lançados pela fiscalização da Receita", de acordo com nota oficial.
O valor total atualizado pode chegar a 19 bilhões de reais, segundo as autoridades.
De acordo com nota divulgada pela Receita, a Justiça Federal expediu 41 mandados de busca e apreensão e decretou o sequestro dos bens e bloqueio dos recursos financeiros de envolvidos na investigação como parte da Operação Zelotes em São Paulo, Ceará e Distrito Federal. Foram apreendidos documentos e 1,3 milhão de reais em espécie, mas não houve prisões, de acordo com Cajado.
Segundo o delegado da PF, as empresas pagavam propina de até 10 por cento para "manipular" veredictos em processos de casos que envolvem dívidas tributárias de entre 1 bilhão e 3 bilhões de reais.
Cajado afirmou que entre as empresas investigadas incluem bancos e empresas dos setores industrial, automotriz, agricultura e construção civil. A Receita informou que as investigações começaram em 2013 e "apontam para a existência de fortes indícios de que tenham sido cometidos crimes de advocacia administrativa, tráfico de influência, corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro".
O caso de fraude fiscal pode piorar o cenário político para o governo, num momento em que a popularidade da presidente Dilma Rousseff despencou devido a um escândalo bilionário de corrupção na Petrobras e a problemas econômicos enfrentados pelo país.