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PT vai discutir mensalão só depois das eleições

O assunto tem entrado em pauta nas reuniões do partido, mas a tomada de posições vem sendo adiada

José Genoino, político do PT condenado no processo do mensalão (J. Freitas/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2012 às 19h23.

São Paulo - A Executiva Nacional do PT discutirá o mensalão , mas só depois das eleições, disse nesta sexta-feira (19) o secretário nacional de Organização do partido, Paulo Frateschi. O assunto tem entrado em pauta nas reuniões do partido, mas a tomada de posições vem sendo adiada. Há um consenso de que é melhor aguardar o fim do julgamento, que pode coincidir com o segundo turno das eleições, para se debruçar sobre o tema. "A executiva vai discutir isso (mensalão), aliás, gostaríamos de já ter conversado, mas ainda não foi possível", disse.

De acordo com Frateschi, não existe clima para enquadramento partidário dos petistas julgados e condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente nacional da legenda, José Genoino, e o ex-tesoureiro Delúbio Soares. O que pode ocorrer é um pedido para que se mantenham, por ora, afastados da linha de frente na política e na sigla. Frateschi vê o PT como o partido que deu a volta por cima nas eleições municipais. "Antes, os adversários diziam que nossas chances se resumiam a Rio Branco (AC). Hoje, estamos competindo com boas chances em cinco capitais, com grande possibilidade de vitória em São Paulo."

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Frateschi vê o PSDB como o partido que mais encolheu até agora. "Tudo o que falavam que ia acontecer com a gente, aconteceu com eles." Segundo o petista, em São Paulo, os tucanos correm o risco de perder cidades em que tiveram longa hegemonia, como Sorocaba e Taubaté. Ele destacou o esforço que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz para ajudar os candidatos petistas Brasil afora. "Ele saiu de uma doença grave e está cansado, mas não para."

Lula e a presidente Dilma Rousseff vão neste sábado (20) a Campinas (SP) em apoio ao petista Márcio Pochmann, que disputa o segundo turno com Jonas Donizete, do PSB. "Lula e Dilma tinham de ir lá, pois o PT foi provocado. O outro candidato levou o Aécio (Aécio Neves, do PSDB), o Alckmin (governador tucano Geraldo Alckmin) e o Eduardo Campos (governador de Pernambuco) e diz que tem o apoio da presidente Dilma." Na próxima semana, depois de visitar capitais do Nordeste - Fortaleza, João Pessoa e Salvador -, entre terça (23) e quarta-feira (24), Lula vai também a Cuiabá, na quinta-feira (25). Ele aceitou o pedido do candidato petista Lúdio Cabral, que enfrenta Mauro Mendes, do PSB, e vai subir em seu palanque.

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