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PT irá recorrer ao STF para garantir candidatura de Lula, diz Haddad

Candidato a vice fez anúncio após se reunir em Curitiba com o ex-presidente, dois dias após o TSE ter decidido rejeitar o registro da candidatura de Lula

Haddad: "Vamos tomar providências para garantir que o povo possa escolher seu presidente" (Patricia Monteiro/Bloomberg/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 3 de setembro de 2018 às 18h54.

Brasília - O candidato a vice na chapa presidencial encabeçada pelo PT, Fernando Haddad , disse nesta segunda-feira que a coligação vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira a fim de reverter decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que barrou a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em entrevista coletiva, Haddad disse também que ainda nesta segunda-feira vai apresentar um novo recurso à ONU, cujo Comitê de Direitos Humanos da entidade havia dada um recomendação no mês passado que defendia a presença do ex-presidente na disputa presidencial.

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O candidato a vice fez esse anúncio após se reunir em Curitiba com o ex-presidente, dois dias após o TSE ter decidido, por 6 votos a 1, rejeitar o registro da candidatura de Lula com base na Lei da Ficha Limpa.

"Vamos apresentar os recursos hoje (segunda-feira) para a ONU, amanhã para o STF com pedido de liminar. Essa liminar pode ser atendida de pronto, amanhã, na quarta-feira, aí depende mais do Supremo Tribunal Federal do que de nós. Vamos tomar providências para garantir que o povo possa escolher seu presidente", disse.

Haddad disse esperar que uma decisão liminar do STF seja concedida sobre Lula até a terça-feira da próxima semana, portanto, dentro do prazo de 10 dias que o TSE deu para a coligação substituir o nome do ex-presidente como cabeça de chapa.

"Isso daria condições ao presidente continuar na corrida presidencial com seus direitos políticos assegurados", disse.

O ex-prefeito de São Paulo afirmou ainda que a defesa de Lula vai apresentar ao STF duas petições, com pedido de liminar, uma na esfera criminal e outra na eleitoral, para assegurar o direito dele de continuar na corrida ao Palácio do Planalto.

O candidato a vice afirmou que a coligação está trabalhando a cada etapa com fatos novos.

"Nós não imaginaríamos que o Brasil contrariaria uma determinação de um organismo internacional", reforçou, sobre a recomendação do Comitê da ONU. Ao rejeitar a candidatura de Lula, a maioria dos ministros do TSE consideraram que a recomendação do comitê não tinha força de lei dentro do país.

Haddad, que falou com a imprensa após deixar a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde o ex-presidente está preso, contou que a decisão de Lula foi tomada após ele se reunir com os advogados.

Cotado para substituir Lula na cabeça de chapa, o ex-prefeito disse que é "candidato a vice", está com a candidatura registrada e que pode figurar durante 100 por cento da propaganda eleitoral no rádio e na TV.

Propaganda suspensa

Haddad comentou a decisão do TSE divulgada de suspender a veiculação da propaganda eleitoral no rádio e na TV em que o ex-presidente aparece como candidato ao Planalto.

Para o candidato a vice, a chapa teve um "prazo muito exíguo" para ajustar as propagandas em todas as plataformas, como TV, rádio e internet, citando o fato de que a decisão do TSE de barrar a candidatura de Lula e impedir a presença dele nos programas foi tomada na madrugada do sábado.

Haddad disse que o "grosso da comunicação foi totalmente ajustada". Segundo ele, a coligação está fazendo os últimos ajustes de forma a estar "estritamente de acordo com a decisão" do TSE.

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