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PT anuncia oficialmente a candidatura de Lula, preso, à presidência

"Não existe política no Brasil sem falar de Lula e sem falar do PT", declarou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann

O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva: quase 2.000 delegados aprovaram a designação de Lula, favorito nas pesquisas, apesar de estar preso (Leonardo Benassatto/Reuters)
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AFP

Publicado em 4 de agosto de 2018 às 14h37.

Última atualização em 4 de agosto de 2018 às 14h38.

O Partido dos Trabalhadores ( PT ) lançou neste sábado (4) oficialmente a candidatura de seu líder preso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , às eleições presidenciais de outubro.

"Não existe política no Brasil sem falar de Lula e sem falar do PT", declarou na convenção partidária em São Paulo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, depois que quase 2.000 delegados aprovaram a designação de Lula, favorito nas pesquisas, apesar de estar preso para cumprir uma condenação de 12 anos e um mês por corrupção.

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O registro da candidatura "é a ação mais confrontadora que fazemos contra esse sistema podre", completou a senadora.

"Não tememos", afirmou, antes de denunciar uma perseguição do Judiciário e da imprensa ao ex-presidente (2003-2010), antes de prometer: "Vamos seguir nossa marcha, vamos tirar Lula da prisão".

Uma carta do ex-presidente foi lida durante o evento, na qual denuncia as orientações do governo de Michel Temer, que assumiu o poder em 2016 após o impeachment de Dilma Rousseff, sucessora de Lula no governo.

"Já derrubaram uma presidente eleita. Agora querem vetar o direito do povo de escolher livremente seu próximo presidente. Querem inventar uma democracia sem povo", afirmou o ex-líder sindical, preso desde abril em Curitiba.

O PT vai apresentar o registro da candidatura em 15 de agosto, último dia do prazo legal, como parte de uma mobilização que deve terminar com um diante do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília.

Lula cumpre desde 7 de abril uma pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O juiz Sergio Moro o considerou culpado de ter sido beneficiado com um apartamento no litoral paulista oferecido pela empreiteira OAS, em troca de intermediação para a obtenção de contratos na Petrobras.

A condenação foi confirmada em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), o que deveria inabilitá-lo a disputar uma eleição, devido à Lei da Ficha Limpa, promulgada por ele próprio no último ano de seu mandato.

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