Presidenciáveis vão contra polarização no último dia de horário eleitoral
Praticamente todos os presidenciáveis além de Bolsonaro e Haddad se apresentaram como alternativa viável aos dois candidatos
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de outubro de 2018 às 16h00.
Última atualização em 4 de outubro de 2018 às 16h06.
São Paulo - No penúltimo programa eleitoral gratuito das eleições 2018, candidatos à Presidência da República pregaram contra a polarização entre o PT e Jair Bolsonaro (PSL) e tentaram se apresentar ainda como nomes viáveis para o segundo turno.
Ciro Gomes (PDT) repetiu o que tem dito nos últimos dias de campanha - que não é "PT ou antipetista" e que o eleitor não pode se dividir entre aqueles que "votam no Bolsonaro para evitar o PT ou aqueles que votam no PT para evitar Bolsonaro". Ele também exibiu pesquisas que mostram que ele é o candidato que venceria Bolsonaro no segundo turno com mais facilidade.
O horário eleitoral do PSDB trouxe a candidata a vice na chapa de Geraldo Alckmin, Ana Amélia (PP), pedindo um voto sem raiva e de cabeça fria. "Se não quer o PT de volta, o voto certo é Geraldo Alckmin", afirmou. Ela também advertiu: "Presidente sem apoio cai (...) O Brasil precisa de esperança e não de medo".
Alckmin voltou a ser apresentado como um "especialista em derrotar o PT" e como o candidato que pode derrotar os radicalismos de direita e esquerda. O programa também lembrou que as eleições presidenciais estão sujeitas a grandes viradas nos últimos dias - e recordou 2014, eleição em que o então candidato Aécio Neves ultrapassou Marina Silva (Rede) nos últimos dias.
Os programas de Marina e Guilherme Boulos (PSOL) seguiram a mesma linha - pedindo que eleitores não votem com ódio e nem com medo. Já Henrique Meirelles (MDB) lembrou que "muitos estão votando em um candidato para evitar que o outro ganhe" e disse que ele "não divide o mundo entre aqueles que gostam ou não gostam do PT e do Bolsonaro".
O horário eleitoral de Haddad seguiu o padrão dos últimos dias. O candidato denunciou fake news, falou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também apareceu dando um testemunho, e afirmou que "urna não é o lugar de depositar ódio, mas é um lugar de depositar esperança".
No programa desta quinta-feira, 4, Bolsonaro se colocou como o candidato antissistema. "O sistema não quer Bolsonaro, mas o povo quer", disse a voz em off do programa.