Prefeito que perdeu mandato por compra de votos é reeleito menos de dois meses após a cassação
Paulo Renato Cortellini (MDB) deixou o Executivo de São Francisco de Assis, no Rio Grande do Sul, em 5 de março; neste domingo, em eleição suplementar, conquistou novamente o cargo
Agência de notícias
Publicado em 29 de abril de 2024 às 11h35.
Última atualização em 29 de abril de 2024 às 12h16.
No TSE, a inelegibilidade do prefeito foi afastada pelo entendimento de que as negociações teriam ocorrido entre o seu vice, Jeremias Izaguirre de Oliveira (PDT), e o presidente da Câmara, Vasco Henrique Asambuja de Carvalho (MDB). Contudo, o mandato foi perdido por integrar a chapa.
Neste contexto, neste domingo, ele venceu as eleições suplementares com 53,22% dos votos válidos. A vitória se deu contra apenas um outro candidato, Ademar Frescura (PP), que obteve 46,8%. O mandato dura até o final deste ano, após as eleições municipais de outubro quando a cidade passará por um novo pleito junto ao resto do país.
Segundo a denúncia que foi considerada procedente pela Justiça Eleitoral, Cortelini e seu vice negociaram a entrega de cestas básicas e outras vantagens como combustíveis por promessas de votos.
Além de cidadãos comuns, a dupla de políticos teria buscado empresários oferecendo vantagens e prometido manutenções no município, desde que fossem votados. Todas as acusações foram negadas pela defesa nos autos do processo.