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Policial confessa assassinato de embaixador grego, diz TV Globo

O embaixador grego Kyriakos Amiridis, de 59 anos, estava desaparecido desde a noite de segunda-feira

Polícia: tanto a esposa de Amiridis e o policial foram detidos e não se sabe se contrataram advogados (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 30 de dezembro de 2016 às 17h25.

Um policial do Rio de Janeiro confessou que assassinou o embaixador grego no Brasil, possivelmente a mando da esposa brasileira do diplomata, com quem o policial estava romanticamente envolvido, noticiou a TV Globo nesta sexta-feira, citando fontes da polícia.

O embaixador grego Kyriakos Amiridis, de 59 anos, estava desaparecido desde a noite de segunda-feira. Sua esposa, a brasileira Françoise, só informou a polícia sobre o desaparecimento na quarta-feira. O casal tem uma filha de 10 anos de idade.

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A TV Globo noticiou na tarde desta sexta-feira que o policial Sergio Moreira, 29, confessou o assassinato do embaixador na noite de segunda-feira, na casa que Amiridis tinha em Nova Iguaçu, na região metropolitana do Rio.

A polícia também confirmou à TV Globo que o corpo foi identificado como sendo de Amiridis.

A TV Globo noticiou que os investigadores disseram que acreditavam que Françoise e Moreira planejaram o assassinato com antecedência.

Tanto a esposa de Amiridis e o policial foram detidos e não se sabe se contrataram advogados. A embaixada grega em Brasília não quis comentar.

A polícia e autoridades da Secretária Estadual de Segurança do Rio se recusaram a comentar a reportagem e a investigação.

Em Atenas, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Stratos Efthymiou disse que o governo não comentaria o caso.

Amiridis serviu como cônsul-geral da Grécia no Rio entre 2001 e 2004. Mais recentemente, ele foi embaixador de seu país na Líbia a partir de 2012, e assumiu o posto principal da representação grega no Brasil no início de 2016.

A TV Globo informou que outros dois suspeitos foram presos, mas eles não foram identificados.

O jornal O Globo desta sexta-feira disse que a polícia havia encontrado sangue em um sofá dentro da casa onde o casal estava, e imagens da TV Globo mostraram a polícia levando um sofá para uma delegacia.

Um cadáver queimado foi encontrado na quinta-feira dentro do veículo que Amiridis e sua esposa alugaram. Ele estava estacionado embaixo de um viaduto em uma estrada na região em que o casal estava.

Na quinta-feira, a polícia confirmou que o embaixador estava desaparecido desde a noite de segunda-feira, quando foi visto deixando a casa em que estava com a esposa.

O incidente é outro golpe à imagem do Rio, apenas quatro meses após ter sediado os Jogos Olímpicos.

A área em que o carro foi encontrado é dominado por milícias poderosas e com relações na política, compostas principalmente por policiais aposentados ou fora de serviço e bombeiros, que controlam grandes áreas.

Acredita-se que eles pratiquem a extorsão dos moradores em troca da impedir que os traficantes de drogas invadam as áreas.

Os grupos armados se fortaleceram no Rio por muitos anos e frequentemente favorecem políticos locais ao prometerem votos de bairros inteiros, contanto que as autoridades permitam que continuem executando seus crimes.

O crime tem aumentado no Rio e o Estado está profundamente endividado, frequentemente atrasando os pagamentos de policiais, ou mesmo sem conseguir pagá-los.

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