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Policiais civis do Rio fazem paralisação de 12 horas

O movimento é contra a aprovação de projetos do governo que estão em votação na Alerj, que alteram previdência dos servidores e adiam pagamento de reajustes

Polícia Civil: a paralisação foi decidida na noite da última quinta-feira (8), em assembleia convocada pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol) (Clarice Castro/ GERJ/Divulgação)
AB

Agência Brasil

Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 13h37.

Policiais civis do Rio de Janeiro fazem hoje (12) paralisação nas delegacias da cidade. As unidades estão atendendo apenas os serviços básicos, como flagrantes de homicídio e de entorpecentes, além da liberação de guias para mortos.

O movimento dos agentes é contra a aprovação de projetos do governo que estão em votação na Assembleia Legislativa do Rio, que alteram a previdência dos servidores e adiam o pagamento de reajustes.

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A paralisação foi decidida na noite da última quinta-feira (8), em assembleia convocada pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol) e com a presença de delegados e de outras representações de servidores do órgão.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol), Francisco Chao, que participou pela manhã de manifestação em frente à sede da Chefia da Polícia Civil, os policiais "já estão em seu limite".

"Estamos vivendo no limite. Claro que o país, e principalmente o nosso estado, passam por uma crise intensa, mas não temos culpa nisso. Tudo que vem acontecendo é fruto de corrupção, má gestão e a crise econômica que se instalou. O que não dá é ficarmos de braços cruzados assistindo passivamente tudo isso."

Chao informou que esteve reunido nesta manhã com o chefe de Polícia Civil, Carlos Augusto Leba, e com os comandantes da Polícia Militar, Bombeiros e o Secretário de Segurança Pública do Estado, Roberto Sá.

Durante o encontro, foram discutidas propostas para "amenizar" a situação da categoria. O presidente do Sindpol destacou o que chamou de "boa vontade", por parte das autoridades, mas se mostrou descrente quanto à realização das medidas.

"Eles propuseram algumas medidas bem intencionadas e até interessante para todos nós, mas, antes de qualquer coisa, eu tenho que consultar a categoria. Não creio que isso seja posto em prática. Repito, não vejo estas propostas como se estivessem nos enganando, iludindo, mas, sim, como uma boa vontade da parte deles. Porém, é só olhar como está o Estado. Eles dizem que não tem dinheiro, então como vão reajustar nosso salário?", questionou.

Procuradas pela Agência Brasil, a Polícia Civil e o Governo do Estado não se manifestaram.

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