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Policiais civis cobram pagamento de 13º e gratificações de Pezão

O governador do Rio reuniu-se hoje, 27, com integrantes da Alerj e entidades ligadas à Polícia Civil

Luiz Fernando Pezão: apenas para o pagamento do décimo terceiro, são necessários cerca de R$ 68 milhões, segundo a Polícia Civil (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)
AB

Agência Brasil

Publicado em 27 de março de 2017 às 21h35.

Última atualização em 27 de março de 2017 às 21h36.

Em reunião hoje (27) com o governador do Rio de Janeiro , Luiz Fernando Pezão, integrantes da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do estado (Alerj) e entidades ligadas à Polícia Civil do Rio de Janeiro cobraram a apresentação de um calendário de pagamento dos servidores da corporação, em greve desde o dia 20 de janeiro.

Os policiais também reivindicaram o pagamento do décimo terceiro salário do ano passado, do Regime Adicional de Serviço (RAS), que deixou de ser depositado em setembro de 2016, e do Sistema Integrado de Metas (SIM), que representa um prêmio pela redução da criminalidade, suspenso desde o segundo semestre de 2015.

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O encontro ocorreu no Palácio Guanabara, sede da administração estadual, e também teve a participação do secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa, do Chefe da Polícia Civil, Carlos Augusto Neto Leba, e do secretário de Estado de Segurança em exercício, Roberto Alzir.

Apenas para o pagamento do décimo terceiro, são necessários cerca de R$ 68 milhões, segundo a Polícia Civil.

Ajuda federal

Durante a reunião, Pezão disse que a segurança é uma prioridade do governo, lembrou que o pagamento dos salários da categoria está em dia, mas evitou se comprometer com o atendimento das reivindicações dos policiais.

O governador destacou que o estado passa por dificuldades financeiras e disse que a melhora do quadro depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto de recuperação fiscal dos estados, que incluirá o acordo firmado entre o Rio de Janeiro e a União.

"A gente depende fortemente da aprovação, na quarta-feira, do nosso acordo que assinamos com o presidente Michel Temer e o ministro Henrique Meirelles. Sem a aprovação do nosso acordo, dificilmente, o estado tem como fazer alguma previsão", disse Pezão em entrevista após a reunião.

"A gente precisa desse acordo. Somos favoráveis às contrapartidas. Agora eu tenho que lutar lá em Brasília para nós aprovarmos", completou.

Apesar da falta de resultados da reunião de hoje, a presidente da Comissão de Segurança da Alerj, deputada Martha Rocha (PDT), disse que o encontro foi positivo e que Pezão concordou em discutir as reivindicações novamente daqui a 15 dias.

Para a deputada, a solução para os policiais civis não pode ser condicionada à aprovação da ajuda federal.

"Acho muito ruim depender, para essa solução, de uma decisão externa ao Poder Executivo. É extremamente ruim. Não houve nem a possibilidade de estabelecer um calendário."

Martha Rocha confirmou que os policiais civis estão recebendo o pagamento em dia, mas disse que isso não pode ser visto com um privilégio da categoria.

"Os servidores policiais reconhecem isso, mas não ter a perspectiva de uma solução é muito ruim. Não cobram o imediatismo na solução, mas um calendário para que possam se organizar."

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