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Polícia australiana disparou 14 vezes contra brasileiro

A conclusão é de uma investigação sobre a morte do estudante Roberto Laudísio Curti

Modelo de arma taser: em tese, elas utilizam uma descarga elétrica para incapacitar a pessoa perseguida, mas há vários casos de morte pelos disparos (Ethan Miller/Getty Images/AFP)
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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2012 às 11h31.

Sydney - Uma investigação sobre a morte do estudante brasileiro Roberto Laudísio Curti, detido pela polícia australiana em Sydney em março, revelou que os agentes dispararam pelo menos 14 vezes as pistolas paralisantes Taser contra o jovem antes da morte da vítima.

De acordo com os investigadores, Roberto, de 21 anos, havia tomado LSD com dois amigos horas antes do incidente e o tribunal foi informado de que atuava de maneira errática antes da perseguição policial.

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"Foram aplicadas um total de 14 descargas contra Roberto", disse Jeremy Gormly, o advogado que investigou o caso, segundo o qual muitos disparos não atingiram o estudante.

A polícia perseguiu Curti depois que o jovem, que estava desarmado, supostamente tinha roubado dois pacotes de biscoito em um mercado. O brasileiro resistiu à ação dos policiais, alegaram os agentes.

O tribunal foi informado que a polícia utilizou spray de pimenta, cassetetes e outro tipo de força antes de recorrer às pistolas Taser, que utilizam uma descarga elétrica para incapacitar a pessoa.

À medida que mais agentes entraram na perseguição, conseguiram derrubar Curti no chão. Pouco depois, observaram que o brasileiro não respirava.

Após o incidente, a polícia defendeu o uso das pistolas Taser, mas a morte do jovem brasileiro provocou uma convocação do cônsul do Brasil em Sydney para receber uma explicação.

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