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PGR não vê indícios para investigar Temer na Lava Jato

O procurador-geral da República não vê indícios consistentes para pedir a abertura de um inquérito contra o vice-presidente Michel Temer

Procurador-geral Rodrigo Janot: Temer foi um dos políticos citados na delação do senador Delcídio Amaral (Lula Marques/ Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2016 às 21h52.

Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot , não vê indícios consistentes para pedir a abertura de um inquérito contra o vice-presidente Michel Temer (PMDB). O vice já foi citado por delatores da Operação Lava Jato, mas, até o momento, não é alvo de investigação pelo órgão.

A situação do vice é mais confortável do que a da presidente Dilma Rousseff, que está na mira de Janot. O procurador-geral já vê elementos para enviar um pedido de abertura de inquérito contra ela ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Caso o impeachment de Dilma seja aprovado no Senado na próxima semana, Temer assume a Presidência interinamente, até que o julgamento do processo seja concluído. Com isso, ele passa a poder ser investigado somente por atos cometidos durante o mandato e não em situações anteriores.

Temer foi um dos políticos citados na delação do senador Delcídio Amaral (sem partido - MS). Em seus depoimentos, ele apontou o vice como o "padrinho" das indicações de João Augusto Henriques e Jorge Zelada para uma diretoria da Petrobras.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também citou o nome do vice em uma conversa com o dono da OAS, Leo Pinheiro. Num dos diálogos, Cunha reclama de o empreiteiro ter feito um pagamento de R$ 5 milhões diretamente a Temer.

O lobista Júlio Camargo, por sua vez, afirmou que Fernando Baiano, que também é delator na Lava Jato, mantinha contato com o vice-presidente.

Para procuradores que trabalham com Janot, essas citações foram sempre feitas de maneira indireta e não seriam o suficiente para indicar o envolvimento do vice no esquema de corrupção da Petrobras.

Temer sempre negou envolvimento no caso e afirmou desconhecer parte dos delatores que o citaram.

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A situação do vice é mais confortável do que a da presidente Dilma Rousseff, que está na mira de Janot. O procurador-geral já vê elementos para enviar um pedido de abertura de inquérito contra ela ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Caso o impeachment de Dilma seja aprovado no Senado na próxima semana, Temer assume a Presidência interinamente, até que o julgamento do processo seja concluído. Com isso, ele passa a poder ser investigado somente por atos cometidos durante o mandato e não em situações anteriores.

Temer foi um dos políticos citados na delação do senador Delcídio Amaral (sem partido - MS). Em seus depoimentos, ele apontou o vice como o "padrinho" das indicações de João Augusto Henriques e Jorge Zelada para uma diretoria da Petrobras.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também citou o nome do vice em uma conversa com o dono da OAS, Leo Pinheiro. Num dos diálogos, Cunha reclama de o empreiteiro ter feito um pagamento de R$ 5 milhões diretamente a Temer.

O lobista Júlio Camargo, por sua vez, afirmou que Fernando Baiano, que também é delator na Lava Jato, mantinha contato com o vice-presidente.

Para procuradores que trabalham com Janot, essas citações foram sempre feitas de maneira indireta e não seriam o suficiente para indicar o envolvimento do vice no esquema de corrupção da Petrobras.

Temer sempre negou envolvimento no caso e afirmou desconhecer parte dos delatores que o citaram.

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