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PF faz operação contra comércio ilegal de 1,2 tonelada de ouro

De acordo com a PF, parte dos integrantes da organização criminosa são venezuelanos e o esquema conta com a ajuda de servidores públicos

Polícia Federal: bens no valor de até 102 milhões de reais foram bloqueados durante a operação (Nacho Doce/Reuters)
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Reuters

Publicado em 6 de dezembro de 2019 às 11h02.

Última atualização em 6 de dezembro de 2019 às 11h08.

Brasília — A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira uma operação que tem o objetivo de desarticular organização criminosa composta por brasileiros e venezuelanos que seria responsável pelo comércio ilegal de ao menos 1,2 tonelada de ouro.

Em nota, a PF informou que mais de 150 policiais cumprem 17 mandados de prisão preventiva, 5 de prisão temporária, 48 de busca e apreensões e 15 bloqueios de bens no valor de até 102 milhões de reais, nos Estados do Amazonas, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e São Paulo.

As investigações, que começaram em 2017, apontam que o grupo criminoso, residindo em Roraima, compraria ilegalmente ouro extraído de garimpos clandestinos do Estado e também de garimpos da Venezuela, segundo a PF.

O esquema, disse a PF, contaria com a ajuda de alguns servidores públicos que integrariam a organização criminosa e receberiam propinas para tentar dar um aspecto de legalidade ao metal por meio da emissão de documentos falsos por empresas de fachada.

O ouro, então, seria comercializado para uma empresa especializada na recuperação de minérios, localizada no interior de São Paulo.

"Mesmo com os latentes indícios de irregularidades acerca da origem do minério, a empresa o receberia e venderia para o exterior", disse a PF no comunicado.

Apenas no ano de 2018, segundo as investigações, a empresa que recebia o ouro em São Paulo teria exportado mais de 1 bilhão de reais em ouro e mais que triplicado seu faturamento nos últimos três anos.

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