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PF deflagra operação contra mais uma secretaria da gestão Cabral

A investigação mira em fraudes no fornecimento de próteses ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia

Polícia Federal: x-secretário de saúde Sérgio Côrtes e dois empresários foram presos (Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 11 de abril de 2017 às 07h44.

Última atualização em 11 de abril de 2017 às 08h48.

Rio de Janeiro - A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira o ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro Sérgio Côrtes, acusado de envolvimento no esquema milionário de corrupção comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral , em uma nova fase da operação Lava Jato no Estado.

O esquema desvendado pela PF envolvia fraudes tanto na Secretaria Estadual de Saúde como no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), do qual Côrtes foi diretor, com o direcionamento de licitações em troca de pagamento de propina, informou a PF em comunicado.

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"As investigações, iniciadas há cerca de seis meses, indicam a participação no esquema de um ex-secretário de governo do Rio de Janeiro e ex-diretor administrativo do Into, e também de empresários do setor. Os servidores públicos envolvidos direcionavam licitações para beneficiar empresários investigados em troca do pagamento de propina no valor de 10 por cento dos contratos", disse a PF.

Além do ex-secretário também foram presos preventivamente dois empresários acusados de envolvimento no escândalo, de acordo com a TV Globo. A PF disse que no total foram expedidos três mandados de prisão preventiva, 20 mandados de busca e apreensão e três de condução coercitiva pela 7ª Vara Federal Criminal do RJ.

De acordo com o portal de notícia G1, da Globo, a operação contou com a colaboração de um delator que trabalhou com Côrtes tanto no Into como na Secretaria de Saúde.

A nova fase da Lava Jato no Rio acontece apenas duas semanas após uma ação da PF que prendeu conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) por envolvimento em um esquema de propina, e conduziu o presidente da Assembleia Legislativa estadual, Jorge Picciani (PMDB), para prestar depoimento.

O amplo esquema de corrupção no Estado teria como comandante o ex-governador Sérgio Cabral, que está preso desde o fim do ano passado e já virou réu em diferentes ações acusado de corrupção e outros crimes.

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