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Patriota oferece apoio brasileiro para fim do conflito sírio

O ministro defendeu que não há solução militar para o conflito, mas disse que o governo brasileiro quer dar uma contribuição "concreta" que colabore com o processo de paz

Antonio Patriota: "O Brasil tem suas próprias experiências na diplomacia com o Irã e em políticas envolvendo situações como a da Síria", afirmou o ministro (Itamaraty)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota , transmitiu nessa segunda-feira (4) a mensagem do governo brasileiro sobre o fim do conflito na Síria, que dura quase dois anos.

O Brasil quer "ter um papel" na solução do conflito e usar sua "interlocução diversificada" com membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas e de países da região para contribuir no processo de paz.

A mensagem de Patriota foi transmitida durante sua passagem pela Europa, onde participou, em Munique (Alemanha), da Conferência sobre Segurança. No encontro, ele discutiu a questão síria com o emissário especial da Liga Árabe e da Organização das Nações Unidas (ONU) à Síria, Lakhdar Brahimi, e o chanceler britânico, William Hague, em Londres.

Patriota defendeu que não há solução militar para o conflito, mas disse que o governo brasileiro quer dar uma contribuição "concreta" que colabore com o processo de paz. "O Brasil está bem informado e essa é a primeira condição para se ter um papel. Saber exatamente em qual estágio se encontra o conflito", disse o chanceler.

Ele mencionou o Comunicado de Genebra, que estabelece os passos para uma transição na Síria, com a formação de um governo composto por representantes das duas partes em conflito. Na visão brasileira, esse é o caminho que levará à paz.

"O Brasil mantém uma interlocução diversificada com os membros do Conselho de Segurança e os países vizinhos e poderá, na medida de suas possibilidades, contribuir para que se avance nesse processo", disse Patriota.


"Hoje em dia repete-se muito que não há solução militar para o conflito - o que, do nosso ponto de vista, já contribui para a solução. Há um impasse e na medida em que as partes sírias estejam dispostas a ingressar em um processo de diálogo que leve a uma transição, [haverá avanço]". Queremos ver o fortalecimento da tendência de um acordo que cesse a violência e estabeleça as condições para uma transição local", acrescentou.

A visita de Patriota ocorreu em meio a uma escalada de tensões no Oriente Médio. Na semana passada, jatos israelenses atacaram o território sírio, atingindo, segundo diferentes versões, um centro de pesquisas e um comboio de armas destinado a militantes do Hezbollah, no Líbano.

O ataque motivou uma série de ameaças do Irã contra Israel e abriu a possibilidade de que o conflito sírio extrapole as fronteiras.

Em Londres, depois de discutir temas da agenda bilateral e internacional com o chanceler brasileiro, Hague ressaltou a disposição do Brasil de colaborar na gestão do conflito. "Valorizamos a sabedoria de colegas", disse.

"O Brasil tem suas próprias experiências na diplomacia com o Irã e em políticas envolvendo situações como a da Síria. Então, estamos trabalhando juntos diplomaticamente nesses temas."

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Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota , transmitiu nessa segunda-feira (4) a mensagem do governo brasileiro sobre o fim do conflito na Síria, que dura quase dois anos.

O Brasil quer "ter um papel" na solução do conflito e usar sua "interlocução diversificada" com membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas e de países da região para contribuir no processo de paz.

A mensagem de Patriota foi transmitida durante sua passagem pela Europa, onde participou, em Munique (Alemanha), da Conferência sobre Segurança. No encontro, ele discutiu a questão síria com o emissário especial da Liga Árabe e da Organização das Nações Unidas (ONU) à Síria, Lakhdar Brahimi, e o chanceler britânico, William Hague, em Londres.

Patriota defendeu que não há solução militar para o conflito, mas disse que o governo brasileiro quer dar uma contribuição "concreta" que colabore com o processo de paz. "O Brasil está bem informado e essa é a primeira condição para se ter um papel. Saber exatamente em qual estágio se encontra o conflito", disse o chanceler.

Ele mencionou o Comunicado de Genebra, que estabelece os passos para uma transição na Síria, com a formação de um governo composto por representantes das duas partes em conflito. Na visão brasileira, esse é o caminho que levará à paz.

"O Brasil mantém uma interlocução diversificada com os membros do Conselho de Segurança e os países vizinhos e poderá, na medida de suas possibilidades, contribuir para que se avance nesse processo", disse Patriota.


"Hoje em dia repete-se muito que não há solução militar para o conflito - o que, do nosso ponto de vista, já contribui para a solução. Há um impasse e na medida em que as partes sírias estejam dispostas a ingressar em um processo de diálogo que leve a uma transição, [haverá avanço]". Queremos ver o fortalecimento da tendência de um acordo que cesse a violência e estabeleça as condições para uma transição local", acrescentou.

A visita de Patriota ocorreu em meio a uma escalada de tensões no Oriente Médio. Na semana passada, jatos israelenses atacaram o território sírio, atingindo, segundo diferentes versões, um centro de pesquisas e um comboio de armas destinado a militantes do Hezbollah, no Líbano.

O ataque motivou uma série de ameaças do Irã contra Israel e abriu a possibilidade de que o conflito sírio extrapole as fronteiras.

Em Londres, depois de discutir temas da agenda bilateral e internacional com o chanceler brasileiro, Hague ressaltou a disposição do Brasil de colaborar na gestão do conflito. "Valorizamos a sabedoria de colegas", disse.

"O Brasil tem suas próprias experiências na diplomacia com o Irã e em políticas envolvendo situações como a da Síria. Então, estamos trabalhando juntos diplomaticamente nesses temas."

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