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Para Ricupero, cancelamento de viagem não traz prejuízo

Para Ricupero, que chefiou a diplomacia brasileira em Washington nos anos 90, o objetivo dessa viagem era mais político e diplomático que econômico

Dilma e Obama: "Se tivesse impacto, seria ruim para eles, porque eles vendem muito para o Brasil e, atualmente, o Brasil vende pouco para eles", disse Ricupero (Sergei Karpukhin/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2013 às 17h34.

São Paulo - O embaixador Rubens Ricupero, diretor da faculdade de economia da Faap, avaliou que o cancelamento da visita oficial que a presidente Dilma Rousseff faria ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , em outubro não deve trazer prejuízos econômicos ao Brasil.

Para Ricupero, que chefiou a diplomacia brasileira em Washington nos anos 90, o objetivo dessa viagem era mais político e diplomático que econômico.

"Era uma viagem de Estado, onde o que conta muito é o protocolo. É uma viagem de prestígio mais que de trabalho. Se houvesse algum conteúdo importante nessa visita, como um acordo comercial ou parceria nova, certamente poderia haver uma saída diplomática", afirmou.

Ricupero avaliou que, no atual momento das relações entre Brasil e Estados Unidos, se houvesse prejuízo comercial seria mais impactante aos norte-americanos que aos brasileiros.

"Se tivesse impacto, seria ruim para eles, porque eles vendem muito para o Brasil e, atualmente, o Brasil vende pouco para eles. O superávit deles é muito grande", disse. "Com isso, quem correria o risco de perder alguma coisa seriam eles", disse.

Para o embaixador, dadas as circunstâncias atuais, marcadas por denúncias de espionagem ao Brasil pela Agência de Segurança Nacional americana (NSA, na sigla em inglês), "não havia outra saída" para Dilma que não o cancelamento. "Não havia clima", concluiu.

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São Paulo - O embaixador Rubens Ricupero, diretor da faculdade de economia da Faap, avaliou que o cancelamento da visita oficial que a presidente Dilma Rousseff faria ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , em outubro não deve trazer prejuízos econômicos ao Brasil.

Para Ricupero, que chefiou a diplomacia brasileira em Washington nos anos 90, o objetivo dessa viagem era mais político e diplomático que econômico.

"Era uma viagem de Estado, onde o que conta muito é o protocolo. É uma viagem de prestígio mais que de trabalho. Se houvesse algum conteúdo importante nessa visita, como um acordo comercial ou parceria nova, certamente poderia haver uma saída diplomática", afirmou.

Ricupero avaliou que, no atual momento das relações entre Brasil e Estados Unidos, se houvesse prejuízo comercial seria mais impactante aos norte-americanos que aos brasileiros.

"Se tivesse impacto, seria ruim para eles, porque eles vendem muito para o Brasil e, atualmente, o Brasil vende pouco para eles. O superávit deles é muito grande", disse. "Com isso, quem correria o risco de perder alguma coisa seriam eles", disse.

Para o embaixador, dadas as circunstâncias atuais, marcadas por denúncias de espionagem ao Brasil pela Agência de Segurança Nacional americana (NSA, na sigla em inglês), "não havia outra saída" para Dilma que não o cancelamento. "Não havia clima", concluiu.

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