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Para ingleses, Alstom pagou propina em São Paulo

Rota do pagamento de propinas passava por Paris, Londres e chegava a funcionários públicos brasileiros

Suspeita de propina da Alstom está relacionada com os contratos do Metrô (Wikimedia Commons/EXAME.com)

Suspeita de propina da Alstom está relacionada com os contratos do Metrô (Wikimedia Commons/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 11h19.

Londres - A Justiça britânica suspeita que dois funcionários da empresa francesa Alstom seriam responsáveis por organizar o pagamento de propinas para funcionários públicos no Brasil. Os funcionários da empresa, segundo os britânicos, teriam pago mais de US$ 120 milhões em propinas para garantir contratos públicos em todo o mundo.

Parte teria vindo para o Brasil, num caso em que a Justiça suíça já informou ao Ministério Público (MP). As suspeitas são de que a rota do pagamento de propinas passava por Paris, Londres e chegava a funcionários públicos brasileiros, entre outros.

Os envolvidos seriam Stephen Burgin, presidente da unidade inglesa da Alstom, e Robert Purcell, diretor financeiro. Ambos haviam sido detidos em 2010 para questionamento e a Alstom optou por lançar um processo questionando a atitude dos britânicos.

Agora, a documentação dos britânicos alega que eles fariam parte de uma célula que organizava o pagamento da propina. Eles teriam pago propinas a funcionários públicos estrangeiros como forma de garantir contratos públicos.

Em São Paulo, a suspeita está relacionada com os contratos da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Na França e na Suíça, a Alstom é suspeita de ter distribuído milhões de dólares entre 1995 e 2003 para garantir contratos no Brasil, Venezuela, Indonésia e outros mercados emergentes.

No Reino Unido a suspeita é de que o pagamento de propinas continuou em todo o mundo após 2004 e mesmo até 2010. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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