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Para Alckmin, Lula não pode fugir da Justiça

Sobre, o mandado de condução coercitiva para Lula prestar depoimento à Polícia Federal em São Paulo, Alckmim disse que "ninguém está acima da lei"

Geraldo Alckmin: "país dará um grande demonstração de maturidade das instituições se investigar, punir, cumprir a constituição" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2016 às 10h10.

Brasília - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin , disse hoje (4), em Brasília, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pode usar de "subterfúgios" para fugir da Justiça .

Ao comentar a deflagração de nova etapa da Operação Lava Jato, que cumpriu mandado de condução coercitiva para Lula prestar depoimento à Polícia Federal em São Paulo, Alckmim disse que "ninguém está acima da lei".

"O presidente Lula se vangloriava de que, pela primeira vez na história do Brasil, a polícia tem independência para poder investigar. Então não pode agora usar de subterfúgios para fugir da Justiça. Isso é inadmissível", disse.

Alckmin conversou com jornalistas no Palácio do Planalto, após participar de reunião, junto com outros governadores, com a presidenta Dilma Rousseff. Ele defendeu a celeridade de processos como a votação do processo de impeachment e a análise das contas de Dilma no Tribunal Superior Eleitoral.

Segundo o governador de São Paulo, acelerar essas decisões é necessário para que o país saia do que chamou de "impasse" e "espiral de grande recessão".

"O país dará um grande demonstração de maturidade e de fortalecimento das instituições se investigar, punir, cumprir a constituição e tudo funcionando. Não pode parar o país e agravar ainda mais o quadro econômico", afirmou.

Ao ser indagado a quais subterfúgios se referia, o governador paulista afirmou: "Você querer dividir o país, a nação, não é adequado. Todo cidadão acusado tem que prestar contas, se defender e tem que ter o direito de defesa. Mas não pode usar de subterfúgio para querer dificultar a ação investigatória ou judicial", disse Alckmim.

Por meio de sua conta pessoal no Twitter, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse que o governo federal considera a condução coercitiva do ex-presidente como um ato "desproporcional e abusivo".

'Em um país democrático, as instituições de controle devem atuar com total liberdade para investigar irregularidades. O combate à corrupção, no entanto, não pode ser feito a qualquer custo. Ao mesmo tempo em que garante a autonomia dos órgãos de fiscalização, a Constituição também impõe o respeito aos direitos dos investigados", escreveu Wagner.

Já o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse ter recebido a notícia com "indignação", e garantiu que Lula "jamais se negou" a prestar esclarecimentos.

"Defensor que sou do estado democrático de direito, repudio o exagero cometido neste ato e reafirmo meu total apoio e confiança no ex-presidente Lula, de quem acompanho a vida pública e sou companheiro há mais de 40 anos.

Lula teve toda uma vida pública comprometida com os direitos e garantias individuais, foi um dos melhores presidentes de nossa história e merece respeito", declarou.

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Brasília - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin , disse hoje (4), em Brasília, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pode usar de "subterfúgios" para fugir da Justiça .

Ao comentar a deflagração de nova etapa da Operação Lava Jato, que cumpriu mandado de condução coercitiva para Lula prestar depoimento à Polícia Federal em São Paulo, Alckmim disse que "ninguém está acima da lei".

"O presidente Lula se vangloriava de que, pela primeira vez na história do Brasil, a polícia tem independência para poder investigar. Então não pode agora usar de subterfúgios para fugir da Justiça. Isso é inadmissível", disse.

Alckmin conversou com jornalistas no Palácio do Planalto, após participar de reunião, junto com outros governadores, com a presidenta Dilma Rousseff. Ele defendeu a celeridade de processos como a votação do processo de impeachment e a análise das contas de Dilma no Tribunal Superior Eleitoral.

Segundo o governador de São Paulo, acelerar essas decisões é necessário para que o país saia do que chamou de "impasse" e "espiral de grande recessão".

"O país dará um grande demonstração de maturidade e de fortalecimento das instituições se investigar, punir, cumprir a constituição e tudo funcionando. Não pode parar o país e agravar ainda mais o quadro econômico", afirmou.

Ao ser indagado a quais subterfúgios se referia, o governador paulista afirmou: "Você querer dividir o país, a nação, não é adequado. Todo cidadão acusado tem que prestar contas, se defender e tem que ter o direito de defesa. Mas não pode usar de subterfúgio para querer dificultar a ação investigatória ou judicial", disse Alckmim.

Por meio de sua conta pessoal no Twitter, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse que o governo federal considera a condução coercitiva do ex-presidente como um ato "desproporcional e abusivo".

'Em um país democrático, as instituições de controle devem atuar com total liberdade para investigar irregularidades. O combate à corrupção, no entanto, não pode ser feito a qualquer custo. Ao mesmo tempo em que garante a autonomia dos órgãos de fiscalização, a Constituição também impõe o respeito aos direitos dos investigados", escreveu Wagner.

Já o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse ter recebido a notícia com "indignação", e garantiu que Lula "jamais se negou" a prestar esclarecimentos.

"Defensor que sou do estado democrático de direito, repudio o exagero cometido neste ato e reafirmo meu total apoio e confiança no ex-presidente Lula, de quem acompanho a vida pública e sou companheiro há mais de 40 anos.

Lula teve toda uma vida pública comprometida com os direitos e garantias individuais, foi um dos melhores presidentes de nossa história e merece respeito", declarou.

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